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UE não reconhece resultados das presidenciais da Bielorrússia

Presidente do Conselho Europeu fala em “fraude eleitoral” e diz que União Europeia defende uma transição democrática na Bielorrússia. Já Lukashenko ordena o encerramento das fronteiras e o fim dos protestos.
Manifestantes em Minsk, Bielorrússia.
Manifestantes em Minsk, Bielorrússia. Fotografia de Stringer/EPA/Lusa.

Após uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), o presidente do Conselho Europeu afirmou que a união a 27 quer enviar uma mensagem “muito clara” a Minsk: “a UE está solidária com o povo na Bielorrússia e não aceita a impunidade”, pelo que vai adotar “em breve” sanções contra “um número substancial de indivíduos responsáveis pela violência, repressão e fraude eleitoral”.

“Estas eleições não foram nem livres nem justas. Não reconhecemos os resultados apresentados pelas autoridades bielorrussas. O povo da Bielorrússia merece melhor”, declarou Charles Michel, que insistiu na necessidade de ser lançado um “diálogo nacional inclusivo” com vista a uma solução pacífica e democrática para a transição de poder, afirmou Charles Michel em conferência de imprensa. 

Da reunião extraordinária do Conselho Europeu saiu ainda o anúncio da criação de um pacote de ajuda financeira no valor de 53 milhões. Deste valor, três milhões serão destinados a ajudar as “vítimas da repressão”, a “sociedade civil e os media independentes”, e os restantes 50 milhões destinados ao serviço de saúde, para o combate à covid-19. No início da pandemia, o Presidente da Bielorrússia desvalorizou a covid-19 afirmando que esta era uma “psicose” que se trata com vodka e sauna.

Semana e meia após os protestos nas ruas causados pelos resultados das eleições presidenciais, Lukashenko não desarma e ordena ao ministro do Interior que ponha fim aos protestos. 

Alexander Lukashenko, no poder desde 1994, quer ainda que o ministro reforce as fronteiras para impedir a entrada de “combatentes e armas”, cita a agência Lusa a partir de informações da agência estatal Belta. 

“Não deve haver mais nenhum distúrbio em Minsk. As pessoas estão cansadas e pedem paz e tranquilidade”, disse Lukashenko após uma reunião do conselho de segurança do seu governo.

Segundo a agência, Lukashenko deu também instruções para que os serviços secretos acentuem os esforços para encontrar os organizadores dos protestos e identificar fontes de financiamento.

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