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UE aceita cortar com emissões de CO2 em 55% até 2030

O Conselho Europeu chegou a um acordo para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 55% até 2030, face aos níveis de 1990.
Numa declaração pública feita no Twitter logo após o acordo, Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, afirmou que "a Europa é líder na luta contra as alterações climáticas. Decidimos reduzir as nossas emissões de gases com efeito de estufa pelo menos 55% até 2030”.
Europe is the leader in the fight against climate change.
We decided to cut our greenhouse gas emissions of at least 55% by 2030. #EUCO pic.twitter.com/XfoCacHoq0
— Charles Michel (@eucopresident) December 11, 2020
Ainda que um avanço face a acordos anteriores, os ambientalistas afirmam que este compromisso é “insuficiente” uma vez que não trata as mudanças drásticas necessárias para combater de forma eficaz a emergência climática que vivemos.
Mesmo no parlamento europeu, vários eurodeputados têm pedido a redução das emissões de CO2 em 60%. Já a Greenpeace pede uma redução na ordem dos 65% face aos valores de 1990.
A ativista Greta Thunberg recorreu ao Twitter para denunciar os argumentos da Comissão Europeia. Para o rosto do movimento Sexta Feiras pelo Clima, a meta agora definida em nada tem que ver com uma real redução das emissões de CO2 e não estão em linha com o Acordo de Paris.
The EUs so called "55% reduction target by 2030" has got nothing to do with a real 55% emission reduction.
Our article from October explains why all the proposed EU targets are far from being in line with the #ParisAgreement #FightFor1point5 https://t.co/PzORItH05C— Greta Thunberg (@GretaThunberg) December 11, 2020
Já para a Presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, está é “uma excelente forma de celebrar o primeiro aniversário” do “Green Deal” da União Europeia, cita a Reuters.
Para von der Leyen, a redução de 55% das emissões de CO2 face aos níveis de 1990 coloca a União Europeia “no caminho para a neutralidade climática em 2050”.
Já há um ano, em dezembro de 2019, o Conselho Europeu tinha assinado o compromisso de atingir a neutralidade climática até 2050. Na altura, só a Polónia se recusou a assinar. Este país tem mais de 75% da sua economia e cerca de 80.000 mineiros dependentes da indústria do carvão.
Mas desde então, a maioria dos líderes dos 27 mostravam-se reticentes em avançar do corte previsto de 40% das emissões para a redução de 55% agora aprovada.
O Parlamento Europeu, por seu turno, avançou com o pedido de redução das emissões em 60% até 2030. Para os eurodeputados citados pela Lusa, esta é a única maneira de a UE “estar em linha com a ciência”.
Este acordo do Conselho Europeu surgiu um dia antes do quinto aniversário do Acordo de Paris, que será assinalado com uma cimeira virtual organizada pelas Nações Unidas, França e Reino Unido.
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