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Trump sugere adiamento das eleições presidenciais

Numa série de tweets, o presidente dos Estados Unidos sugeriu que as eleições de 2020 poderão ser as mais “imprecisas e fraudulentas” da história por permitirem voto por correspondência. Críticos alertam que Trump está a lançar as bases para contestar os resultados eleitorais de novembro.
Donald Trump num comício de apoiantes durante a campanha de 2016 em Prescott Valley, Arizona.Foto de Gage Skidmore / Flickr

O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, publicou esta quinta-feira uma série de mensagens na sua página pessoal da rede social Twitter nas quais questiona a utilização do voto por correspondência nas próximas eleições presidenciais, marcadas para o mês de novembro.

Trump sugere mesmo que as eleições devem ser adiadas até as pessoas poderem votar de “maneira adequada, segura e protegida”, correndo o risco de estas se tornarem as “eleições mais imprecisas e fraudulentas da história”.

De acordo com a BBC News US & Canada as dúvidas levantadas por Trump, sobre a possibilidade de fraude e imprecisão na votação por correspondência, não fazem sentido, e os estados querem utilizar este método por permitir uma facilitação do escrutínio, numa altura em que é necessário tomar precauções devido à situação da pandemia.

Além disso, o canal de notícias relembra que o próprio presidente não tem competências para autorizar o adiamento das eleições. Esta decisão só pode ser tomada pelo Congresso.

Numa análise publicada no mesmo jornal on-line, o jornalista Anthony Zurcher acusa o presidente de querer começar uma “tempestade política”, depois de se ter recusado a comentar se aceitava, ou não, um resultado adverso nas próximas eleições presidenciais.

Para o jornalista, Donald Trump “parece estar a fazer tudo o que está ao seu alcance para retirar a credibilidade das eleições de novembro, nas quais um grande número de americanos conta com a possibilidade do voto por correspondência para evitar o risco de exposição ao novo coronavírus” e sublinha o facto de vários críticos alertarem para o presidente poder estar a lançar as bases para contestar os resultados eleitorais de novembro.

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