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Tribunal de Contas: BPN já custou 3660 milhões, fatura ainda vai subir

O custo da nacionalização e reprivatização do BPN agravou-se em 420 milhões em 2016. Fatura total já vai em 3.660 milhões de euros e não vai ficar por aqui.
Foto Paulete Matos.

O Tribunal de Contas divulgou o seu relatório sobre o acompanhamento da execução orçamental da Administração Central no ano passado, onde integra os custos do processo de nacionalização e reprivatização do banco liderado por Oliveira e Costa.

O agravamento em 2016 do peso do BPN no bolso dos contribuintes é de 420 milhões, mas os valores ainda são provisórios, uma vez que o tribunal ainda não tem dados das sociedades veículo criadas para gerir os ativos tóxicos do banco.

O saldo acumulado das perdas com o BPN para os cofres públicos desde 2011 é agora de 3.360 milhões de euros. Uma fatura que poderá ascender aos 6.000 milhões, tendo em conta que as sociedades veículo (Parvalorem, Parups e Parparticipadas) apresentavam no fim de 2015 resultados negativos a rondar os 2.200 milhões, encargos que poderão vir a ser suportados pelo Estado no futuro, avisa o Tribunal de Contas.

Neste relatório, o Tribunal de Contas alerta ainda para a continuação de algumas más práticas por parte da administração central, como a falta de informação acerca de algumas entidades. “Tais omissões desrespeitam os princípios da unidade e da universalidade”, aponta o tribunal, condenando “o incumprimento da lei que obriga ao registo integral da movimentação de fundos públicos em execução do Orçamento do Estado” que limita o exame da execução orçamental por parte da entidade fiscalizadora das contas do Estado. 

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