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Trabalhadores dos TST paralisam domingo e segunda

Segundo declarou à Lusa João Saúde, da Fectrans – Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações/CGTP, a greve foi convocada devido à falta de resposta à proposta de aumento salarial para 750 euros.
“Vamos fazer uma concentração em frente à Câmara Municipal de Almada, pelas 10h, e depois seremos recebidos pela senhora presidente” na segunda-feira, revelou também o sindicalista.
Os trabalhadores já realizaram outras paralisações em março e abril e as reivindicações centrais continuam a ser as mesmas: “o aumento de salários, os direitos dos trabalhadores e a sobrecarga horária”. Na última greve, em abril passado, a adesão chegou aos 95%, tendo provocado a supressão das carreiras de Setúbal para Lisboa, via autoestrada, Ponte Vasco da Gama e Ponte 25 de Abril. O dirigente da Fectrans já realçou que os TST são a rodoviária que “pior paga na Área Metropolitana de Lisboa”.
No início do ano, a 23 de janeiro, os trabalhadores reuniram com a administração para negociar a revisão do Acordo de Empresa. A administração dos TST do grupo Arriva contrapropôs o aumento de salário de 651,61 euros para 670 euros, um acréscimo de 0,91 cêntimos nas diuturnidades e mais cinco euros no trabalho em dias de folga. Os trabalhadores consideraram a proposta insuficiente e iniciaram um processo de luta.
Há duas semanas houve nova reunião da Fectrans com a administração dos TST, que “não trouxe nada de novo”, segundo o dirigente da federação sindical.
“[O membro da administração] mostrou as lamechas do costume, que está tudo mal, como se todos os males caíssem em cima da rodoviária da TST, porque o gasóleo está assim, porque os pneus estão fritos. Como se os carros da Rodoviária de Lisboa, por exemplo, não andassem com o mesmo gasóleo. Não é justificação para não pagarem melhores salários”, frisou João Saúde à Lusa.
Os TST pertencem ao grupo Arriva, desenvolvem a sua atividade na Península de Setúbal, com 190 carreiras e oficinas em quatro concelhos, designadamente Almada, Moita, Sesimbra e Setúbal.
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