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Trabalhadores dos registos prosseguem greve

Greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Registos realiza-se hoje pela segunda vez e vai continuar todas as segundas-feiras de Setembro. Sindicato exige melhorias nas remunerações, promoção e progressão na carreira, e abertura de novos concursos.
Manifestaçao de trabalhadores associados do SNR e da ASCR a 6 de agosto. Foto: SNR/Facebook.
Manifestaçao de trabalhadores associados do SNR e da ASCR a 6 de agosto. Foto: SNR/Facebook.

O Sindicato Nacional dos Registos (SNR) cumpre hoje o segundo de seis dias de greve às segundas. A paralisação já se registou no passado dia 26 de agosto e continua hoje e nos próximos dias 9, 16, 23 e 30 de setembro.

Os motivos da greve prendem-se com remunerações, promoção e progressão na carreira, e abertura de novos concursos internos e externos. O SNR, citado pela Agência Lusa, considera que o governo está em "total incumprimento relativamente a prazos legais e compromissos assumidos perante os grupos parlamentares e com esta estrutura sindical" em matérias como o estatuto remuneratório e a reforma dos serviços. Afirma também que o governo não tem cumprido as promoções e compensações, nem as atualizações indiciárias desde o ano 2000.

No dia 25 de julho, recorde-se, o governo aprovou o novo regime de remuneração dos trabalhadores dos Registos e Notariado. O Ministério da Justiça afirmou na altura que o novo regime traria um reforço de pessoal com a admissão de 100 novos conservadores e um um aumento da despesa anual em mais de 130 mil euros.

Mas vários sindicatos não ficaram satisfeitos com a proposta do governo e convocaram uma greve de cinco dias para 12 de agosto. O Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado (STRN) considerou na altura a proposta um "ataque sem precedentes ao sistema registral português” e um "sinal muito claro" de uma vontade de privatização do setor, que "arrecada 600 milhões de euros por ano". Também na altura, a Associação Sindical dos Conservadores dos Registos (ASCR) considerou que "a isenção e a independência da profissão estão em causa" e acrescentou que faltavam "1500 trabalhadores qualificados". O STRN afirmou que a greve da semana de 12 de agosto teve uma adesão próxima dos 90%.

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