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Trabalhadores do Pingo Doce protestam contra “abusos de poder”

Nesta quarta-feira, trabalhadores do Pingo Doce do Lavra, em Matosinhos, protestaram contra os "abusos de poder de alguns gerentes", reivindicaram aumentos de salários e a revisão do contrato coletivo de trabalho.
Trabalhadores do Pingo Doce do Lavra, em Matosinhos, protestaram contra os "abusos de poder de alguns gerentes", reivindicaram aumentos de salários e a revisão do contrato coletivo de trabalho – Foto CESP (arquivo)
Trabalhadores do Pingo Doce do Lavra, em Matosinhos, protestaram contra os "abusos de poder de alguns gerentes", reivindicaram aumentos de salários e a revisão do contrato coletivo de trabalho – Foto CESP (arquivo)

Segundo a Lusa, a concentração juntou cerca de 30 trabalhadores, tendo Natália Pinto, dirigente sindical e trabalhadora do Pingo Doce, dito à agência que os "funcionários vivem no Pingo Doce de Lavra" sofrem abusos de poder por parte de alguns gerentes, o que acontece "com a permissão das chefias".

"Fiquei chocada quando soube das ilegalidades que são praticadas aqui", disse Natália Pinto, denunciando "o assédio moral exercido a duas trabalhadoras, o não deixarem nas pausas os funcionários irem fumar ao exterior, o não fornecimento de fardamento aos trabalhadores, além dos horários que são prolongados até hora e meia além do horário de saída".

A concentração no Pingo Doce do Lavra, em Matosinhos, foi a sexta em nove dias promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritório e Serviços de Portugal (CESP) em vários locais de trabalho de várias empresas da grande distribuição.

A coordenadora do Porto, Vila Real e Bragança do CESP, Marisa Ribeiro, disse à agência que o conjunto de ações foi promovida pelo sindicato "sem recorrer ao pré-aviso de greve" e "contando apenas com os trabalhadores de folga ou de férias".

Grande Distribuição: Concentração de trabalhadores por aumentos de salários
Grande Distribuição: Concentração de trabalhadores por aumentos de salários

"Não podemos ceder no que eles pretendem, que é retirar direitos ao contrato coletivo de trabalho a troco da assinatura do contrato. Isso não podemos aceitar, pois significaria baixar a compensação do trabalho suplementar e do dia feriado", denunciou Marisa Ribeiro.

Os trabalhadores da grande distribuição lutam por aumentos salariais, correção de injustiças e revisão do contrato coletivo de trabalho, não aceitam a redução do valor do trabalho suplementar, do trabalho prestado nos feriados e a imposição de banco de horas e exigem uma tabela única e "a extinção da tabela B", que se refere aos trabalhadores do Interior e que "paga até menos 40 euros a quem a integra por comparação com quem trabalha nas lojas do Porto e de Lisboa, enquadrados na tabela A".

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