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Trabalhadores do Grupo Ruiz ponderam greve

Em plenário, os trabalhadores denunciaram “a desregulação dos horários de trabalho” e ponderam avançar para greve a 5 de julho.
Segundo o sindicato, aos trabalhadores não são garantidos locais de tomada de refeição nem para rendições.
Segundo o sindicato, aos trabalhadores não são garantidos locais de tomada de refeição nem para rendições.

Em causa estão sucessivas violações do contrato coletivo que abrange os trabalhadores da transportadora Martin/Grupo Ruiz, com obrigações de disponibilidade que ultrapassam as 15 horas.

Os trabalhadores da Martin sentem diariamente as tentativas de aplicação da desregulação dos horários de trabalho, o desrespeito pelos tempos de trabalho e descanso. “Vai-se instalando uma revolta natural pela forma como estão a ser utilizados como “cobaias” em novas chapas, também estas pejadas de irregularidades”, lê-se num comunicado do STRUP/FECTRANS, sindicato representativo do setor.

Num apelo à resolução dos problemas, “os trabalhadores assumiram mais uns dias de comprovado prejuízo no seu descanso diário”. E alertam que “é bom que os responsáveis da Martin tomem medidas concretas de resolução dos problemas, porque até à data as sucessivas alterações demonstram que querem manter o braço de ferro com os motoristas”.

Segundo o sindicato, aos trabalhadores não são garantidos locais de tomada de refeição nem para rendições. A muitos dos trabalhadores motoristas não é garantido “sequer metade do tempo de repouso entre dois dias de trabalho, condição que viola a lei”, e não é garantida “a segurança dos próprios nem a de quem transportam diariamente”.

E dão o exemplo de “um trabalhador que é escalado para cumprir cerca de 9 horas de trabalho e condução seguidas, aumenta em muito o risco de cansaço, de desatenção, sendo em muitos casos levados à exaustão”. Ou ainda “um trabalhador que trabalha ininterruptamente ao longo de 15 dias entra em stress naturalmente. Que um trabalhador que fica 15 horas disponível para a empresa para receber 8h, vê prejudicada a sua vida pessoal e familiar, e não terá qualquer contrapartida desse alargamento”, relembram.

Os trabalhadores “farão a avaliação das correções que a Martin assumiu fazer”. E “caso estas não se verifiquem até dia 18 de junho, estaremos perante uma questão de implementação à força de regras que fazem parte duma estratégia de gestão”.

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