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Trabalhadores da Valorlis em greve

Reivindicando aumentos salariais, cerca de 70 trabalhadores da Valorlis estiveram em greve de 24 horas nesta terça-feira e fizeram greve às horas extra nos dias 13, 14 e 15.
Trabalhadores da Valorlis reivindicam aumento salarial de 50 euros por mês
Trabalhadores da Valorlis reivindicam aumento salarial de 50 euros por mês

O dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) Manuel Pereira disse à agência Lusa que nos dias 13, 14 e 15 "ninguém efetuou trabalho extraordinário" e hoje (terça-feira 16 de agosto), os funcionários estão em greve durante 24 horas.

"Todas as pessoas que trabalham na triagem estão em greve e não entrou nem saiu nenhum carro do aterro", salientou Manuel Pereira.

O sindicalista disse que dos cerca de 120 trabalhadores da Valorlis, "cerca de 70 fizeram greve" e "alguns foram requisitados para cumprir os serviços mínimos". Manuel Pereira salientou que a medida de serviços mínimos "não se justifica, já que não se trata de lixo tóxico".

Aumentos de 50 euros

O STAL, em comunicado, apontou que a luta dos trabalhadores da Valorlis era por um aumento de salários de 50 euros por mês, exigindo também a negociação e a aplicação à Valorlis do AE - acordo empresa da Amarsul e Valorsul (Grupo EGF).

À Lusa, Manuel Pereira declarou: "Os trabalhadores estão convictos que de outra forma não vão conseguir os seus objetivos e vão continuar a lutar até que os aumentos cheguem. Há pessoas aqui a ganhar o salário mínimo há dez anos e foram distribuídos dez milhões de euros de lucros pelos administradores, valores que foram obtidos com o esforço dos trabalhadores que tiveram os salários congelados".

O STAL salienta que a Valorlis já não se encontra abrangida pelas normas do Orçamento do Estado que “impediram a valorização salarial dos trabalhadores”, pelo que o aumento salarial é “da mais elementar justiça”.

O sindicato acusa a Mota-Engil/Suma, que controla a EGF, à qual pertence a Valorlis, de manter os salários congelados, apesar de a empresa já não ser do Estado, e denuncia: “ao mesmo tempo que condenam os trabalhadores a sobreviverem com valores próximos do salário mínimo, a MotaEngil/SUMA embolsa quase dez milhões de euros das várias empresas da EGF”.

O STAL repudia a “ atitude anti-dialogante da administração”, exige que os lucros da empresa sejam refletidos na melhoria dos salários e afirma que os trabalhadores “estão determinados a convocar novas ações de luta até alcançarem os seus objectivos”.

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