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Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa em greve a 1 de fevereiro

A par da paralisação de 24h, durante todo o mês de fevereiro será promovida uma greve ao trabalho extraordinário. Trabalhadores reivindicam salários dignos.
Foto de Rúdisicyon, Wikimedia Commons.

João Casimiro, presidente do Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (SITRL), explicou à agência Lusa que esta é a quinta paralisação em cerca de quatro meses: “Vamos fazer mais um dia de paralisação no dia 01 de fevereiro e greve ao trabalho extraordinário durante o mês de fevereiro em resposta à política de baixos salários que esta administração está a adotar”, frisou.

O dirigente sindical alertou que muitos trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (RL) estão a ser aliciados para outras empresas do setor que “pagam muito melhor”, e salientou ainda as dificuldades de recrutamento na RL.

“A Rodoviária tem uma média de saída de 20 motoristas por ano. Há uma grande dificuldade em recrutar. Os encargos para tirar a carta de transporte público são grandes e, para vir ganhar quase o ordenado mínimo, não compensa. Os salários são muito baixos e a responsabilidade é muita”, assinalou.

João Casimiro denunciou que o serviço prestado é condicionado: “A Rodoviária não consegue manter motoristas na empresa suficientes para efetuar o serviço. Não são feitas muitas circulações e isso faz com que os nossos passageiros fiquem nas paragens tempos muito elevados”.

Atualmente, o ordenado médio de um trabalhador da RL é de cerca de 700 euros brutos, enquanto o ordenado mínimo nacional é de 705 euros. Os trabalhadores da RL reivindicam um aumento salarial já para este mês de 750 euros.

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