You are here
Trabalhadores da Radio France interrompem diretora-geral com "Coro dos Escravos Hebreus"

Sibyle Veil preparava-se para discursar esta manhã numa cerimónia dirigida à equipa da Radio France quando foi interrompida pelo Coro da Rádio France, que interpretou o "Coro dos Escravos Hebreus", de Verdi.
A diretora-geral da Radio France acabou por não fazer qualquer discurso e saiu de cena, enquanto o palco foi ocupado por trabalhadores da empresa pública que ostentaram cartazes e entoaram slogans.
Na sua conta de twitter, o sindicato SNJ Radio France dá conta da iniciativa: "’Quando tudo for privado, seremos privados de tudo’. Alguns trabalhadores sobem ao palco com cartazes e vuvuzelas. Os trabalhadores cantam ‘Sibyle, não queremos o seu plano’, a que se segue a canção ‘Todos temos um trabalho de que gostamos’".
Le chœur de #RadioFrance en grève interrompt les vœux de la PDG en entonnant le Chœur des esclaves de Nabucco. Il quitte ensuite la salle et Sibyle Veil ne reprendra pas vraiment la parole.
Saisissant. pic.twitter.com/Vt4iLdRdAH— Arnaud Jamin (@arnaud_jamin) 8 de janeiro de 2020
A estrutura sindical assinala ainda a inexperiência da direção da empresa: "Quando se muda o CEO a cada três anos e o responsável pelos recursos humanos a cada ano, ninguém tem experiência na empresa, e a direção comete este tipo de erros: subir ao palco no meio de um conflito social, quando esteve sem dar notícias durante três semanas. Que ótima ideia!".
A empresa pública Radio France revelou recentemente aos representantes dos trabalhadores um plano de cortes que inclui a extinção de 270 a 390 postos de trabalho.
De acordo com a diretora-geral, Sibyle Veil, em causa está a necessidade de fazer uma economia de 29 milhões de euros no espaço de três anos. O Le Figaro avança que os sindicatos presentes adotaram uma linha comum, recusando-se a negociar na base deste documento.
Em comunicado, o SNJ – Sindicato Nacional dos Jornalistas da Radio France afirmou que “suprimir mais 300 ou 400 postos de trabalho vai tornar impossível continuar a fazer rádio”. “Para que servimos então?, questionou.
Add new comment