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Trabalhadores da Parques de Sintra fazem três dias de greve

Os trabalhadores e trabalhadoras da Parques de Sintra – Monte da Lua, que ganham 10 euros acima do salário mínimo, estarão em greve desta sexta-feira, 15 de abril, a domingo de Páscoa, reivindincando a valorização dos salários. Alguns monumentos estarão encerrados.
Trabalhadores e trabalhadoras estarão em greve desta sexta-feira a domingo de Páscoa - Foto de STAL
Trabalhadores e trabalhadoras estarão em greve desta sexta-feira a domingo de Páscoa - Foto de STAL

“Sabemos que não vai haver bilheteiras, nem lojas, nem pessoas de apoio ao visitante em, pelo menos, três monumentos, Palácio de Monserrate, Convento dos Capuchos e Palácio de Queluz”, disse à Lusa a dirigente sindical Maria José Rosa, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL).

Em comunicado, o STAL refere: “Aqueles que estão há mais de uma década na empresa foram apanhados pelo Salário Mínimo Nacional, sem perspetiva de serem aumentados para além disso, enquanto a Parques de Sintra – Monte da Lua (PSML) recolhe milhões de euros em lucro e ganha prémios internacionais graças ao trabalho dos trabalhadores”.

À Lusa, Maria José Rosa referiu que não tem existido qualquer aumento do salário, recebendo os trabalhadores 10 euros acima do salário mínimo nacional, sem perspetiva de progressão na carreira.

A PSML emprega cerca de 400 trabalhadores e trabalhadoras e as suas reivindicações são: aumento geral dos salários de 90 euros; combate ao recurso sistemático a empresas de trabalho temporário; assinatura imediata de um Acordo que contemple a redução dos horários para 35 horas semanais. A definição do salário base acima do salário mínimo nacional, a valorização da antiguidade dos trabalhadores e o aumento igual para todos do subsídio de refeição e cláusulas pecuniárias são outras reivindicações. Atualmente, a progressão na carreira é feita de seis em seis anos, mas apenas 5% pode progredir, sendo usado um sistema de quotas.

A dirigente sindical afirma: “Enviámos cadernos reivindicativos e, até hoje, não tivemos resposta da empresa. Houve um acordo que nasceu do nada, nem sabemos quem são os associados do sindicato em causa que assinou um acordo que prejudica os trabalhadores”. O STAL refere que “foi assinado um ‘pseudo-acordo’ com um outro sindicato que consegue ser pior do que o Código do Trabalho e os trabalhadores continuam a ver os seus salários e carreiras desvalorizadas".

A greve de três dias foi decidida em plenário realizado em 05 de abril.

De acordo com a Lusa, a PSML foi criada em 2000, na sequência da classificação pela UNESCO da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade, e possui como acionistas o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, a Direção Geral do Tesouro e Finanças (que representa o Estado), o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra.

A sociedade gere os parques e palácios da Pena e de Monserrate, bem como o Castelo dos Mouros, o Convento dos Capuchos e os palácios nacionais de Sintra e de Queluz.

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