Em comunicado, a Comissão de Trabalhadores da agência Lusa relata o resultado da reunião com o presidente do Conselho de Administração da agência de notícias, onde foi abordado o tema dos aumentos salariais. Segundo a CT, Joaquim Carreira "disse que há uma verba orçamentada de 200 mil euros para aumento da massa salarial em 2023, o que é insuficiente para as reivindicações apresentadas pelos trabalhadores”.
O líder da empresa comprometeu-se a pedir reuniões com os ministérios da Cultura e das Finanças para falar sobre o tema, dado que a verba foi determinada em setembro. Desses 200 mil euros, “o aumento do subsídio de refeição consome 40 mil euros, sobrando 160 mil euros" e "à parte dos 200 mil euros, há 50 mil euros orçamentados para progressões automáticas e diuturnidades (cumprindo o Acordo de Empresa)”, revela a CT da Lusa.
Com esta verba, a recomendação do Governo para que as empresas do setor público aumentem a massa salarial em 5,1% este ano ficará por cumprir, pois “a Lusa precisa de apoio do Estado para aumentos da massa salarial superiores ao orçamentado”, defendem os trabalhadores.
No caderno reivindicativo para 2023, os trabalhadores exigem um aumento mínimo de 120 euros, a atualização do subsídio diário de refeição, pago em cartão, para o valor máximo não tributável, bem como a criação de um subsídio parental de 100 euros por cada filho/a, a ser pago juntamente com a retribuição do mês seguinte ao do regresso da licença parental, entre outros.