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Trabalhadores da Herdade de Rio Frio protestam contra salários em atraso

Trabalhadores manifestaram-se à entrada da herdade pelo pagamento de salários e subsídios de férias e Natal atrasados.
Trabalhadores da Herdade de Rio Frio têm em atraso salários de outubro, subsídios de férias e de natal de 2015 e subsídio de férias de 2016
Trabalhadores da Herdade de Rio Frio têm em atraso salários de outubro, subsídios de férias e de natal de 2015 e subsídio de férias de 2016

Os trabalhadores da da Sociedade Agrícola de Rio Frio, de Pinhal Novo, Setúbal, concentraram-se, neste sábado, 19 de novembro de 2016, de manhã, à entrada da herdade.

“Em causa estão atrasos de pagamentos a 20 trabalhadores”, disse à agência Lusa o coordenador da União dos Sindicatos de Setúbal da CGTP-IN, Luís Leitão, adiantando estarem atrasados os pagamentos de salários de outubro, os subsídios de férias e de natal do ano passado, mais o subsídio de férias deste ano.

Segundo a CGTP, esta já não é a primeira vez que a herdade atrasa os pagamentos dos salários. Os atrasos de salários já chegaram a atingir os dois meses e meio num passado recente, tendo nessa altura, sido assumido por parte de algumas entidades bancárias credoras a disponibilização de verbas para o seu pagamento, o que se concretizou.

Segundo o sindicato dos trabalhadores das indústrias transformadoras, energia e atividades do ambiente do sul (Site-sul), a herdade de Rio Frio é uma referência no concelho de Palmela, mas atualmente atravessa grandes dificuldades financeiras, estando neste momento a decorrer um processo de insolvência em tribunal.

O sindicato diz que apesar das dificuldades, na Assembleia de Credores terá sido dado o aval para que fosse elaborado um plano que permitisse a recuperação da herdade, tendo em conta os ativos, a riqueza natural e as suas potencialidades.

Segundo a agência Lusa, na herdade, que chegou a ser considerada a maior vinha contínua do mundo, explora-se cortiça e produz-se vinho, gado e cavalos. Entre 2009 e 2010, a Sociedade Agrícola de Rio Frio recorreu a fundos comunitários para melhorar as instalações e recentemente a dois Planos Especiais de Revitalização (PER) que foram rejeitados pelos credores BCP e Parvalorem, que detêm 90% das dívidas da empresa.

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