As trabalhadoras do grupo Cerealis (produtos Milaneza) deram início esta quarta-feira a uma paralisação de 24 horas. A greve convocada Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação do Norte está a registar uma forte adesão, dando força às exigências de melhores salários e direitos laborais.
Situada no pólo industrial da Maia, a empresa Cerealis tem registado bons resultados financeiros nos últimos anos sem, contudo, refletir esses ganhos nos salários dos trabalhadores, na sua maioria, mulheres. Vitor Teixeira, delegado sindical, refere que “é o enorme o contingente de trabalhadores que recebem apenas o salário mínimo, havendo por parte da administração uma discriminação e perseguição às trabalhadoras que usufruíram do seu direito a licença de maternidade e de amamentação”.
As propostas da administração da Cerealis são, segundo Vitor Teixeira, inaceitáveis, “propõem 20 cêntimos de aumento no subsídio de alimentação e 5 euros no prémio de turno, ao mesmo tempo em que cortam 15 euros no pagamento do turno noturno”.
A greve das trabalhadoras do grupo Cerealis, a primeira em mais de duas décadas, continua até às 6 horas desta quinta-feira.