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Teto salarial no futebol feminino é "discriminação sem precedentes"

A 29 de maio, a Federação Portuguesa de Futebol determinou aplicar um teto máximo somente aos salários das jogadoras. Bloco repudia “peso e medida completamente diferente” entre homens e mulheres e recebe movimento “Futebol Sem Género”.
Jogo amigável entre as duas seleções A de futebol feminino de Portugal e Ucrânia. Foto de PAULO CUNHA/LUSA

Em declarações ao Expresso, o deputado Luís Monteiro, que integra a Comissão de Desporto, explicou que contactou as jogadoras que fazem parte do movimento “Futebol Sem Género” após ter recebido uma queixa formal das jogadoras por correio eletrónico.

“É uma discriminação sem precedentes e sem razão para existir”, frisou o dirigente bloquista. “Está tudo ao contrário: parece quase distópico limitar os salários no futebol feminino quando os salários do futebol masculino é que são totalmente abismais. Há um peso e uma medida completamente diferente” consoante o género, acrescentou. 

No encontro, o Bloco pretende ouvir os testemunhos das jogadoras, bem como perceber qual a melhor forma de atuar no Parlamento por forma a defender os seus direitos.

Em comunicado, o movimento Futebol Sem Género garante que “não irá afastar-se daquilo que é o essencial desta sua luta que é o de, com os argumentos que fez constar do seu exercício do direito de participação, convencer a FPF de que está errada na sua intenção de impor um teto salarial somente aplicável ao futebol feminino”.

Não reagindo a declarações ou opiniões da estrutura sindical ou de quadros internos da FPF, “por muito erradas e infundadas que as mesmas sejam”, as jogadoras aguardam “que a FPF diga se mantém a sua opinião de que é admissível a imposição de um teto salarial somente aplicável ao futebol feminino e, se o mesmo, não fere os mais elementares direitos fundamentais”.

 
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