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Temperaturas elevadas batem todos os recordes

As altas temperaturas que se têm feito sentir nos últimos meses resultam do desvio da temperatura face à era pré-industrial sendo que julho foi 1,3ºC mais quente do que a temperatura média antes de 1880, de acordo com dados divulgados pela NASA.
Foto Verde Vale

Nos últimos 10 meses têm sido batidos recordes de temperatura e julho acabou por bater todos os máximos, tendo sido o mês mais quente de sempre desde que é possível analisar os registos globais de temperatura.

A análise divulgada esta terça-feira pela NASA mostra que os últimos nove meses tiveram recordes de temperatura para o respetivo mês sendo que julho de 2016 foi o mês mais quente de sempre.

Desta forma, o mês de julho foi, em média, 0,11ºC mais quente do que o recorde anterior, e tudo aponta que se mantenha este registo durante algum tempo, de acordo com David Karoly, especialista em clima da Universidade de Melbourne em declarações prestadas ao jornal The Guardian.

Por seu turno, Gavin Schmidt, o diretor do Instituto Goddard para os Estudos Espaciais da NASA, partilhou no Twitter alguns gráficos que ajudam a entender os dados.

 

Estes dados apresentados no gráfico são resultado do desvio de temperatura face à era pré-industrial — julho foi 1,3ºC mais quente do que a temperatura média antes de 1880.

Para David Karoly, 0,2ºC do desvio foi causado pelo El Niño, um fenómeno no oceano Pacífico, que ocorre em alguns anos, e que é responsável pela subida da temperatura global durante esse ano. Por isso, cerca de 1,1ºC da subida desde há mais de um século terão sido causados pela atividade humana.

Para este especialista, a sequência de recordes na temperatura tende agora a “regredir” uma vez que apesar de ainda se sentirem ainda os  efeitos do El Niño nas temperaturas mundiais, o fenómeno já se encontra na “fase final”, pelo que, este ano, não deverão ser batidos mais recordes.

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