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TAP com “dívida brutal” de 2,3 mil milhões de euros

Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, comentou o valor da dívida financeira líquida da TAP que afirma ser na ordem dos mil milhões de euros. O valor ascende a 2,3 mil milhões se forem considerados os contratos de “leasing” de aviões. O ministro das Infraestruturas e da Habitação qualificou-a mesmo como “dívida brutal”.
“Precisamos, no momento zero, de fazer uma intervenção de emergência que garanta a liquidez da empresa”, acrescentou à saída de uma audição parlamentar da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
O ministro defendeu que será necessário fazer primeiro uma “intervenção de emergência” na transportadora aérea e só depois um plano estratégico, de reestruturação e de negócios.
A intervenção estatal na TAP está ainda dependente do resultado das negociações entre o Estado e o acionista privado da transportadora - a Atlantic Gateway.
Segundo a Lusa, o governante não respondeu às questões sobre o cancelamento de voos durante a pandemia da covid-19 e a opção de reembolso dessas mesmas viagens em “vouchers” para usar no futuro.
“Agora a verdade é esta: nós sem TAP, nem ‘vouchers’, nem reembolso e nós vamos intervencionar a TAP e temos de fazê-lo de forma responsável, cautelosa”, sublinhou.
"O Estado português vai partir para uma negociação e não podemos excluir nenhum cenário, inclusivamente o da própria insolvência da empresa, porque obviamente o Estado não pode estar capturado, algemado numa negociação com privados", defendeu.
A deputada bloquista Isabel Pires participou na audição parlamentar e ressalvou a opinião do Bloco sobre o “interesse absolutamente fundamental” da TAP enquanto representante de um setor estratégico para o país e do seu enorme “impacto do ponto de vista laboral e do ponto de vista económico”.
O Bloco voltou a defender a nacionalização da TAP e da Groundforce, sendo que já tinha apresentado no final de abril um projeto de lei nesse sentido, por achar que um setor estratégico para a economia nacional deve ter controlo público na sua gestão executiva.
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