Num comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) refere que “os trabalhadores nos últimos anos foi quem mais teve perda de salário”, acrescentado que além desse facto “não têm categoriais profissionais com enquadramento e progressão idêntica aos trabalhadores das lojas”.
Desta forma, prossegue a nota sindical, “a MCH (logística) é a empresa que mais mal paga “se comparada “com os colegas das lojas de e de outras logísticas” dando como exemplo o “Dia Minipreço com 600 euros de salário base e o Lidl com 700 euros”.
Para o sindicato, os operadores de armazém que têm dez, quinze ou vinte anos de serviço e que são essenciais para o bom funcionamento da cadeia de distribuição auferem salários considerados “ridículos”.
Desrespeito pelos trabalhadores
A estrutura sindical sublinha ainda que os operadores de armazém com ordenados inferiores ao Salário Minímo Nacional (SMN) “vão beneficiar de um ajuste por força da lei e, desta forma, passarão a ganhar 556 euros.
“A empresa volta a cometer a mesma discriminação, ou seja, os novos contratos terão um ordenado superior aos operadores com dez e quinze anos de casa”, denuncia o comunicado sindical, notando ainda que os trabalhadores são obrigados diariamente a laborar a um ritmo intensivo desempenhando tarefas “altamente qualificadas na receção, conferência, preparação e expedição de encomendas”.
“A Sonae, enquanto membro e presidente da APED [Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição] continua a empurrar para as calendas a decisão das categorias e salários dos trabalhadores de armazém, a mando das grandes empresa (Sonae, Pingo Doce e Auchan)”, acusa o sindicato, sublinhando que “já foi desmarcada uma terceira reunião” o que demonstra à evidência que “não está preocupada nem com vontade de resolver as categorias e salários dos trabalhadores”.