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“Solução deve partir do respeito pelo tempo de carreira dos professores”

Após o veto presidencial do diploma do governo, Joana Mortágua diz que o executivo deve pôr os olhos nas negociações ocorridas na Madeira e nos Açores, onde foi possível chegar a acordo com os professores sobre a devolução do tempo de serviço.
Joana Mortágua. Foto Paulete Matos.

Questionada pelos jornalistas sobre a reação ao veto de Marcelo Rebelo de Sousa em relação ao decreto que previa apenas a devolução de pouco mais de dois anos do tempo de serviço congelado aos professores, a dirigente bloquista Joana Mortágua defendeu que está aberta uma “nova oportunidade para a negociação”.

“Esperamos que o governo faça a sua parte e se sente à mesa com os sindicatos para negociar a recuperação do tempo de serviço, e que essa recuperação se comece a concretizar já em 2019”, defendeu a deputada do Bloco.

Joana Mortágua acrescentou que uma atitude “responsável” do governo seria “entender que o cumprimento da lei do Orçamento deve ser feito com a maior urgência” e abrir de imediato negociações com os sindicatos de professores.

E referiu exemplos de “governos de cores políticas diferentes, na Madeira e nos Açores”, em que se encontraram soluções faseadas e “foi possível negociar com os sindicatos”. Por isso, acrescentou Joana Mortágua, “não há razão para que isso não seja possível no Continente”.

“A recuperação tem de ter por base o tempo integral, foi isso que aconteceu na Madeira e nos Açores”, prosseguiu a deputada bloquista, defendendo que “o governo não pode chegar à mesa de negociações com uma proposta que sabe que não é negociável pelos sindicatos e depois bater com a porta por não terem aceite a sua proposta”.

“A solução deve ter como base o respeito pelo tempo de carreira dos professores. É uma década de trabalho, não são dois anos nem são três”, insistiu Joana Mortágua.

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