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Solidariedade contra a repressão na Argentina

A manifestação de segunda-feira em Buenos Aires contra os cortes nas pensões foi duramente reprimida pela polícia. Perseguição a um dos manifestantes levanta onda de solidariedade.
Sindicalistas e militantes da esquerda argentina solidarizam-se com Sebastián Romero. Foto Cedoc

A proposta de lei do governo argentino para mudar o sistema de pensões, de forma a cortar quase três mil milhões de euros por ano, foi aprovada na segunda-feira após uma maratona de doze horas de debate no parlamento.

O dia ficou marcado por greves e manifestações contra a reforma e pela violência empregue pela polícia, deixando um saldo de 162 feridos, alguns deles graves, e 70 presos. Os protestos prosseguiram noite fora com grupos a baterem tachos e panelas em vários bairros de Buenos Aires.

O juiz decretou na terça-feira a libertação dos presos e ordenou a detenção de Sebastián Romero, que foi candidato a deputado pela Frente de Esquerda e dos Trabalhadores e filmado na manifestação a disparar um petardo artesanal em direção da polícia.

O partido a que pertence – Partido Socialista de los Trabajadores Unificados - assegurou que não se tratava de um morteiro, como tinha sido anunciado na comunicação social, mas de “fogo de artifício, de venda livre” que são usados com frequência nas manifestações argentinas.

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De imediato, surgiu um movimento de solidariedade contra a ordem de prisão a Sebastián Romero, subscrito por dezenas de sindicalistas e militantes da esquerda argentina. Em abaixo assinado, responsabilizam o presidente argentino e a ministra da Segurança pela violência de segunda-feira.

“Macri deve ser responsabilizado e demitir imediatamente a Ministra Bullrich e os demais culpados. Eles são os violentos”, sublinha a declaração, exigindo “das autoridades políticas e judiciais o fim da escalada repressiva e de perseguição ao conjunto dos trabalhadores”.

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