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Sobrinho Simões é o patologista mais influente do mundo

O presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), foi distinguido pela revista internacional The Pathologist e é considerado “um cientista proeminente de um pequeno país com poucos recursos”.
Sobrinho Simões foi também uma das vozes mais críticas sobre a política de ciência do anterior Governo PSD-CDS.
Sobrinho Simões foi também uma das vozes mais críticas sobre a política de ciência do anterior Governo PSD-CDS marcada por cortes drásticos.

Questionado pela Lusa sobre a importância desta votação para a patologia portuguesa, Sobrinho Simões disse que há poucos patologistas em Portugal e “cada vez em menor número porque é uma especialidade muito difícil, não se ganha muito bem e é muito exigente”.

O patologista português foi reconhecido pela revista The Pathologist como o mais influente do mundo e lidera uma lista de 100 investigadores internacionais. “É evidente que fiquei muito contente exatamente por ser uma votação entre pares, de todo o mundo, em que há 100 nomeados e muitas das pessoas são patologistas que eu admiro imenso”, afirmou em declarações à imprensa, esta segunda-feira, o dia em que a votação foi tornada pública.

“E, portanto, a visibilidade da patologia dada agora por esta eleição e sendo em Portugal e sendo a primeira vez, essa noção de que nós somos capazes de competir internacionalmente e de ser conhecidos torna interessante a profissão para jovens médicos quando estão a escolher a profissão e esperamos que isto possa ser usado como chamariz para aumentar o recrutamento de bons patologistas”, acrescentou Sobrinho Simões.

Sobrinho Simões “contribuiu mais do que qualquer outra pessoa para a visibilidade da patologia na Europa”, lê-se entre as frases dos eleitores sobre o médico português selecionadas pela revista. Trata-se de “um cientista proeminente de um pequeno país com poucos recursos, fundador de uma instituição proeminente que faz a diferença, sem sair do seu país”, dizem ainda.

O professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) sublinhou que terá ganho “muitos votos a partir da Turquia, da Roménia, da Sérvia, do Brasil, da Colômbia”, por exemplo, por serem países de onde provêm muitos patologistas que passam pelo IPATIMUP e pela FMUP, locais "de acolhimento de patologistas de muitos sítios", cita a Lusa.

Fátima Carneiro e Jorge Reis-Filho, outros dois nomes ligados ao IPATIMUP, tal como a antiga presidente da Sociedade Europeia de Patologia, também se encontram na lista.

Sobrinho Simões foi também uma das vozes mais críticas sobre a política de ciência do anterior Governo PSD-CDS, marcada por cortes drásticos, emigração forçada de investigadores e concursos com irregularidades, e também sobre o processo de avaliação das unidades de investigação pela FCT que decorreu nesse período. “A frágil formação superior dos políticos” e os cortes financeiros impostos pela troika são um “cocktail perigoso” para a investigação nacional, disse na altura ao Público, avisando que os “cortes cegos” a poderiam matar.

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