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Sete pessoas detidas no Egito depois de erguerem a bandeira LGBT

A polícia egípcia deteve esta segunda-feira sete pessoas por “promoção de desvios sexuais”, apesar de não terem sido ainda acusados oficialmente.
A investigação foi lançada pelo magistrado público Nabil Sadek, depois de imagens de um concerto público da banda libanesa Mashrou’ Leila - cujo vocalista é abertamente gay - se tornaram virais nas redes sociais, e que provocaram reações de condenação por parte de vários políticos e figuras públicas.
A homossexualidade não é explicitamente crime segundo a lei egípcia. No entanto, as autoridades detêm pessoas sob suspeita de homossexualidade de forma rotineira, e apresentam acusações de “depravação”, “imoralidade” ou “blasfemia”.
Segundo a organização não governamental Solidarity With Egypt LGBTQ+, desde 2013, foram abertas pelas autoridades pelo menos 114 investigações criminais envolvendo 274 indivíduos da comunidade LGBTQ+.
O erguer da bandeira foi uma rara demonstração pública da comunidade LGBT no Egito que, neste momento, está sujeito a um regime militar, religioso e conservador.
O secretário geral do Sindicato de Músicos Egípcios, Reda Ragab, disse que iria impedir que a banda voltasse a realizar concertos no país. “Nós somos uma sociedade religiosa e conservadora, com uma identidade que precisamos de preservar”, disse em declarações à Daily News Egypt. No passado sábado, a banda foi de facto proibida de atuar no país.
A escritor e feminista egípcia Mona Eltahawy condenou as ações das autoridades e também do sindicato dos músicos. “É absolutamente ridículo prender quem quer que seja por erguer uma bandeira. É absolutamente ridículo prender quem quer que seja pela sua sexualidade, tal como o Egito faz hoje”, escreveu no twitter.
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