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Semana de luta para trabalhadores dos call-centers

Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV) assinala que os trabalhadores nos Contact Centers “consideram ser determinante continuar a dar ampla expressão a uma luta da qual não podem desistir ou abrandar até conseguirem atingir os seus objectivos, no sentido de deixarem de continuar a serem reféns de um modelo económico de baixos salários e de uma legislação que os condena eternamente a vínculos precários”.
Esta situação obriga a “uma luta permanente nas empresas e na rua, exigindo a valorização salarial compatível com a elevada responsabilidade no exercício das suas funções que continua na generalidade a ter como referencia o salário mínimo salarial, assim como do Governo se exige medidas concretas que visem a revisão urgente da legislação para acabar com este flagelo da precariedade no trabalho que na actividade dos call centers atinge mais de 100 mil trabalhadores, muitos deles há mais de 20 anos a darem a cara pelos grandes Operadores, seja na Altice MEO, NOS, Vodafone, EDP e outras…”
Conforme destaca o sindicato, a relação e natureza do trabalho permanente exercido pelos trabalhadores justifica um vínculo contratual com estas empresas e não manterem-se ligados a empresas de trabalho temporário ou outsourcing que são sinónimo de precariedade permanente.
A greve que agora decorre, a vigorar entre 22 e 31 de dezembro, “encerra um ano de intensa luta, mas que não pode ficar suspensa”, refere a estrutura sindical, frisando que “a continuação no ano 2020 será determinante, não somente como aviso às empresas de que a política de baixos salários tem que mudar, como também na responsabilização da Assembleia da Republica para pôr termo à vergonha da precariedade e suas graves consequências na vida de muitos milhares de trabalhadores”.
Para tal, é urgente “implementar normas legislativas muito restritas de modo a impedir empresas reincidentes no recurso a alternativas externas para a prestação de serviços permanentes e assumirem a admissão destes trabalhadores nos seus quadros efectivos”.
Os trabalhadores quiseram deixar esta terça-feira uma mensagem “às Empresas e ao Governo, que a estabilidade social e laboral nos Contact Centers vai depender da disponibilidade das empresas para o diálogo social” e da vontade política do Governo para “um debate responsável com resultados concretos que se identifiquem com as aspirações das dezenas de milhares de trabalhadores”.
O Bloco tem vindo a acompanhar e marcar presença nos protestos dos trabalhadores dos call-centers, reforçando a sua solidariedade para com a sua luta e a garantia de que continuará a bater-se pelo fim da precariedade a que os mesmos estão condenados.
A deputada bloquista Isabel Pires destaca a importância desta luta: Semana de festa para alguns, semana de luta para tantos outros. Trabalhadores/as dos call centers estão em greve até dia 31 dez. Uma luta importante, pelo fim do falso trabalho temporário e falso outsourcing”.
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