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Sem Terra defendem referendo para convocar assembleia constituinte

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra repudiou o “golpe institucional“ que levou ao afastamento de Dilma Roussef para formar um governo com um programa contrário ao que elegeu a presidente do Brasil.
Foto Rafael Martins/AGECOM

Para os Sem Terra brasileiros, a crise atual só se resolve com “uma reforma política profunda, que devolva ao povo o direito de escolher seus representantes legítimos”. Por isso defende que o Senado brasileiro deve “aprovar a realização do plebiscito que dê ao povo o direito de convocar uma assembleia constituinte, que culmine numa reforma política com a realização de eleições gerais em condições democráticas”.

“O golpe referendado pelo Senado não desrespeita apenas a opinião da população sobre quem deve ser o Chefe de Estado, mas, como anunciado pelo Vice usurpador, pretende aplicar um programa recessivo, neoliberal, de tristes lembranças para o povo brasileiro nos tempos dos governos Collor-FHC”, afirma em comunicado o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

“Incapazes de conviver com a democracia e de se submeterem a vontade popular, as elites afastam a Presidenta sem qualquer comprovação de crime, apenas para que seu projeto de cortes sociais, desemprego e privatização seja levado a cabo”, prossegue o comunicado dos Sem Terra, argumentando que se as “pedaladas fiscais” fossem crime, “ o processo deveria atingir também o vice que ora assume, Michel Temer, e o senador Anastasia, ex-governador de Minas”.

Para o MST, o Senado deve redimir-se desta decisão quando tiver de julgar o mérito da ação interposta contra Dilma. “E se assim não proceder, as forças partidárias democráticas e contrárias ao Golpe devem recorrer ao Supremo Tribunal Federal”. Os Sem Terra insistem que a atual crise que afeta o Brasil “não se resolve com golpes”, mas sim com “um amplo debate na sociedade que aglutine a maior parte das forças populares e sociais”. E prometem continuar a mobilizar “ em defesa da democracia e dos direitos sociais, ao lado da Frente Brasil Popular e dos milhares de trabalhadores e trabalhadoras que não aceitarão o golpe”.

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