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Saúde, amamentação e recuperação pós parto entre as preocupações das grávidas

Mulheres queixam-se de falta de informação e acompanhamento no processo da gravidez e pós-parto, diz estudo da Católica. Defendem também a inclusão de psicólogos nas equipas multidisciplinares nos hospitais e maternidades, bem como a ampliação da licença de parentalidade.
Saúde, amamentação e recuperação pós parto entre as preocupações das grávidas
Foto de Paulete Matos.

Saúde do bebé, recuperação física, parto e amamentação, são estas as principais preocupações das grávidas e puérpuras inquiridas no estudo Preocupações, Mitos e Tabus da Gravidez e do Pós-parto, realizado pela Universidade Católica. O estudo teve como objetivo “compreender melhor as questões de grávidas e puérperas num contexto em que o ambiente digital potencia a existência de uma sobrecarga de informação” e foi analisado hoje pelo jornal Público.

Muitas são as mulheres que apontam para uma falta de informação e acompanhamento no processo da gravidez e puerpério, considerando que essa ausência é a principal geradora de vários mitos. Nomeadamente, as mulheres falam de mitos relacionados com a amamentação, recuperação pós-parto e sexualidade pós-parto.

No topo das preocupações das mulheres estão a saúde do bebé (84%), a recuperação pós-parto (54%), o parto (51%) e a amamentação (48%). Entre os receios que causam ansiedade surgem sentir-se triste com as alterações no corpo (51%), ter momentos de desespero achando que não seria capaz de tratar do bebé (60%), alterações do humor (82%), dificuldade em descansar e dormir as horas necessárias (81%) e a pressão social (51%).

Em termos de acompanhamento médico, foram muitas as participantes que defenderam a necessidade de inclusão de psicólogos, sexólogos e nutricionistas nas equipas multidisciplinares nos hospitais e maternidades, atualmente compostas por obstetras e pediatras.

Outra fonte de ansiedade para grávidas e puérperas é o regresso ao trabalho. Muitas mulheres apontam para a necessidade de repensar a atual legislação de forma a ampliar o tempo de licença de parentalidade.

A fonte de informação sobre a gestação e parto que mais confiança recolhe junto das mulheres continua a estar nos profissionais de saúde, com 82% das inquiridas a considerar a opinião dos médicos “muito importante” e 83% a considerar que a opinião dos farmacêuticos é “importante” ou “muito importante”. Já os fóruns digitais surgem no fim da tabela: somente 29% das mulheres os considerou “importantes” ou “muito importantes”.

60% das inquiridas que já tinham passado pela experiência do parto consideraram que este foi uma experiência positiva, sendo que 82% destas destacaram o apoio dos profissionais de saúde.

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