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SAMS fecha hospital e despede funcionários, pelo menos durante um mês
Em plena crise da pandemia do covid-19, o Serviço de Assistência Medico-Social (SAMS) do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), filiado na UGT, decide encerrar o seu hospital, assim como as principais clínicas de atendimento de Lisboa e do Porto. Decide avançar para o lay off simplificado e os seus funcionários e funcionárias são despedidos, pelo menos durante um mês.
Segundo o “Diário de Notícias”, a 20 de março havia 5 médicos e um enfermeiro com o novo cooronavírus, na semana passada o número subiu para 13 pessoas, mas os trabalhadores não têm dados concretos. A decisão da direção do SAMS também só é verdadeiramente conhecida pela denúncia do sindicato dos médicos da zona sul (SMZS).
Em comunicado, citado pelo “Dinheiro Vivo”, o sindicato dos médicos (SMZS) refere que em reunião tida o hoje “o SAMS confirmou o encerramento de todos os seus serviços de saúde, incluindo o hospital, e informou o recurso ao regime de lay-off simplificado para todos os seus trabalhadores, por período de um mês, com possibilidade de renovação”.
O SMZS condena “veementemente a atitude irresponsável por parte da administração do SAMS, que colocou em risco a saúde dos seus trabalhadores e dos doentes, e que culminou na decisão de encerramento de todos os estabelecimentos de saúde, pondo em causa os direitos e proteção social dos médicos, bem como deixando centenas de doentes sem qualquer acompanhamento”.
“Esta atitude é incompreensível vinda de um sindicato, o Mais Sindicato, que constitui a entidade patronal do SAMS”, acusa o sindicato dos médicos que vai procurar “a responsabilização da administração do SAMS pela sua reprovável atuação, nomeadamente ao nível da omissão das condições de segurança e saúde dos trabalhadores médicos e da total desconsideração pelos direitos destes”.
O DN refere que há uma petição de beneficiários do SAMS, que está a recolher assinaturas e já tem mais de 800, para pedir à comissão executiva do SAMS que mantenha em funcionamento pelo menos o centro de atendimento de Lisboa, para as situações mais urgentes. Uma beneficiária do SAMS contou ao DN: "com todos os serviços encerrados ficamos sem qualquer apoio na área dos cuidados de saúde e numa situação tão crítica como a que vivemos agora. Eu, por exemplo, não tenho médico de família, não vou ao centro de saúde porque só uso e há muitos anos os serviços dos SAMS".
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