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Sahara Ocidental: Delegações internacionais expulsas por Marrocos defendem referendo

21 grupos, compostos por 67 ativistas, seguramente uma das maiores delegações internacionais para a paz, que alguma vez tentou entrar no Sahara Ocidental, foi expulsa de El Aaiun, nos passados dias 17, 18 e 19 de Janeiro pelas forças de ocupação marroquinas. Por Né Eme
Ativistas que participavam na “caravana solidaria” publicaram fotos através das redes sociais, mostrando o rosto e o dedo indicador pintado de azul, indicando assim que tinham feito a sua votação pelo Referendo

"Estamos aqui para chamar à atenção sobre um dos conflitos esquecidos do Mundo, e para demonstrar o nosso apoio aos ativistas dos direitos humanos Saharauis, na sua luta pela independência”, diz Kristian Tonning Riise, Presidente dos Jovens do Partido Conservador Norueguês.

"Ainda que exista um grande apoio dos diferentes partidos políticos noruegueses para a realização do Referendo e pela descolonização do Sahara Ocidental, não acontece nada. Exigimos que as autoridades norueguesas procurem novas soluções para este conflito, de forma a que se possa realizar o referendo de acordo com o Direito Internacional”, diz Inga Marie Nymo Riseth, vice-presidente política de SAIH.

"Marrocos, tratou de travar este processo durante décadas, e não vai entregar os territórios ocupados, sem que exista uma grande pressão Internacional. Se ninguém estiver disposto a levantar a voz, o sofrimento dos Saharauis quer no exílio, quer nos territórios ocupados não terminará”, refere Emilie Bersaas, vice-presidente dos Jovens do Partido Trabalhista Norueguês, que foi expulsa do Sahara Ocidental na segunda-feira de manhã.

Estes 3 relatos fazem parte de um comunicado de imprensa, dado por alguns membros da sociedade civil norueguesa depois de terem sido expulsos do Sahara Ocidental e do Sul de Marrocos (https://saih.no/castellano/)

Podemos ainda ouvir, as declarações de Kristin Rabbe Larsen, uma das muitas jovens expulsas e deportadas para Agadir em Marrocos.

 

Kristin Rabbe LarsenPrimeras declaraciones de una de las jóvenes noruegas expulsadas por el régimen de ocupación marroquí. “estamos con vosotros”. Más de 50 activistas noruegos han sido expulsados por las autoridades marroquíes cuando se disponían a entrar en las zonas ocupadas del Sahara Occidental.las autoridades de ocupación bloquean las zonas ocupadas para impedir que los observadores internacionales vena la grave situación de derechos humanos.los noruegos han iniciado una campaña en las redes sociales para pedir la aplicación del referéndum de autodeterminación para el pueblo saharaui.pintate el dedo indice y sumate a la campaña " I support

Publicado por Rasd-Tv En Español em Terça-feira, 19 de janeiro de 2016

 

Kristin Rabbe Larsen, explica o motivo pelo qual foram para o Sahara Ocidental: “Lutar pelo Referendo no Sahara Ocidental.”

Tonning Riise, presidente dos Jovens do Partido Conservador da Noruega, o único que conseguiu entrar em El Aaiun, mas que rapidamente foi localizado pela polícia marroquina e ele também “enviado” para Agadir.

Todos os 67 ativistas faziam parte de uma iniciativa de paz, iniciada por varias organizações.

Perante uma ONU, presente nos territórios ocupados desde 1991 com a MINURSO, mas inábil para levar a cabo o tão almejado referendo que tem sido ano após ano travado por Marrocos que teima em reclamar a si o que não lhe pertence e a duras penas exerce todo o tipo de atropelos quer aos cidadãos Saharauis, atentando diariamente contra os direitos humanos e saqueado os recursos naturais do Sahara Ocidental, usando a receita em seu benefício, marginalizando toda uma população que sem futuro se divide entre acampamentos nas inóspitas e áridas terras da hamada Argelina (Tindouf) e os territórios ocupados no Sahara Ocidental.

Entre os ativistas encontravam-se 6 pessoas de outras nacionalidades, polacos, suecos, ingleses, canadianos e americanos que foram igualmente expulsos naqueles dias.

"Homens, mulheres e crianças, saem ás ruas para se manifestarem e são brutalmente agredidos. Ativistas dos direitos humanos são presos e torturados e a ONU não tem sequem um mandato para informar sobre as violações dos direitos humanos. É uma vergonha”, diz Kristian Tonning Riise.

Após a expulsão dos territórios ocupados mas ainda em Marrocos, os delegados e ativistas que participavam nesta “caravana solidaria” publicaram fotos através das redes sociais, mostrando o rosto e o dedo indicador pintado de azul, indicando assim que tinham feito a sua votação pelo Referendo. Porque em algumas civilizações usa-se pintar o dedo de azul, após o voto para que a mesma pessoa não vote mais do que uma vez.

Rapidamente esta campanha se tornou viral no Facebook, Twitter e Instagram. Com as hashtags #ReferendumNow e #WesternSahara são já milhares os que contribuem para esta causa, colocando a foto com o dedo pintado ou simplesmente assinando a petição em: westernsahara-referendum.org/

Hoje mesmo, jovens noruegueses, de diversos quadrantes políticos quer de esquerda quer de direita, reuniram-se em frente à embaixada de Marrocos em Oslo, exigindo um referendo sobre a independência do Sahara Ocidental.

 
All 9 youth parties in Norway demand referendum for Western Sa...

All Norwegian youth parties, from left to right, today gathered in front of the Moroccan embassy in Oslo, demanding a referendum on independence for #WesternSahara. #ReferendumNow! AUF Fremskrittspartiets Ungdom (FpU) Grønn Ungdom KrFU Rød Ungdom Senterungdommen Sosialistisk Ungdom Unge Høyre Unge Venstre Changemaker Norge SAIH - Studentenes og Akademikernes Internasjonale Hjelpefond Industri Energi Ungdom

Publicado por Støttekomiteen for Vest-Sahara em Quinta-feira, 4 de Fevereiro de 2016

As organizações por detrás desta iniciativa:

Jovens do Partido Conservador, Jovens do Partido Trabalhista, Jovens do Partido Verde, Jovens do Partido da Esquerda Socialista, Jovens do Sindicato Industri Energi, Changemaker, LO Hordaland, o Partido Trabalhista de Hordaland, o Fundo de Assistência Internacional dos Estudantes e Académicos Noruegueses(SAIH) e o Comité Norueguês de Apoio ao Sahara Ocidental.

Artigo de Né Eme para esquerda.net

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