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Sahara Ocidental: Associação condena silêncio do governo português

Ativistas apelam ao Governo que tome uma posição clara sobre a violação do cessar-fogo por parte de Marrocos e que use a ação diplomática, à semelhança do que fez em prol da autodeterminação de Timor-Leste.
Acampamento de refugiados sarahuis no sul da Argélia
Acampamento de refugiados sarahuis no sul da Argélia. Foto Left Hand Rotation

Um mês após Marrocos ter quebrado o cessar-fogo com a Frente Polisário e poucos dias após o reconhecimento da soberania marroquina por parte da administração Trump, a Associação de Amizade Portugal-Sahara Ocidental “condena o silêncio do governo português sobre os últimos acontecimentos e exorta-o a tomar uma posição clara e a agir diplomaticamente de acordo com os princípios do Direito Internacional e com a experiência, que mereceu consenso nacional, de apoio ao processo de autodeterminação de Timor-Leste”.

No Sahara como em Timor

José Manuel Pureza

Em comunicado divulgado este domingo, a associação diz esperar que a futura administração Biden “volte a colocar o país em consonância com os princípios das Nações Unidas e defenda com convicção o direito dos povos à autodeterminação”. E volta a apelar ao Secretário-Geral da ONU e ao Conselho de Segurança que criem condições para a realização de um referendo, a começar pela nomeação de um novo Enviado Especial, um cargo vago desde a demissão do anterior, em maio de 2019, que paralisou de vez o processo político de negociação entre as partes.

Os ativistas chamam ainda a atenção para a escalada da repressão por parte do regime marroquino sobre os saharauis e apelam a que o Conselho de Direitos Humanos da ONU e a Cruz Vermelha Internacional “cumpram as suas obrigações, no quadro dos respectivos mandatos, para com o povo do Sahara Ocidental”.

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