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Roubo de armas em Tancos: Bloco espera que o país venha a ter todas as respostas que merece
Confrontada com a demissão do Ministro da Defesa José Azeredo Lopes, a coordenadora bloquista sublinhou que “não há ninguém neste país que não perceba a gravidade do caso do roubo de armas em Tancos e de todo este processo rocambolesco”.
Conforme lembrou Catarina Martins, o Bloco sempre assinalou a gravidade dos factos e regista que o Governo parece querer agora retirar consequências políticas da gravidade deste caso. A dirigente bloquista frisou, contudo, que há muitas perguntas sem resposta que não são resolvidas com esta demissão.
“É preciso tirar compreender o que se passou e como foi possível que tal tenha acontecido”, defendeu.
Mediante a investigação em curso, Catarina Martins espera que “o país possa ter as respostas que merece. A par das explicações judiciais, é preciso posteriormente apurar todas as responsabilidades políticas”.
Azeredo Lopes quer evitar que as Forças Armadas sejam “desgastadas pelo ataque político”
A polémica do caso das armas roubadas em Tancos e a falta de transparência de todo este processo acabaram por ditar o afastamento do governante.
Na carta a que a Lusa teve acesso, Azeredo Lopes afirma querer evitar que as Forças Armadas sejam “desgastadas pelo ataque político” e pelas “acusações” de que disse estar a ser alvo por causa do processo de Tancos.
“Não podia, e digo-o de forma sentida, deixar que, no que de mim dependesse, as mesmas Forças Armadas fossem desgastadas pelo ataque político ao ministro que as tutela”, lê-se na missiva, onde o ministro volta a negar que tenha tido conhecimento, “direto ou indireto, sobre uma operação em que o encobrimento se terá destinado a proteger o, ou um dos, autores do furto”.
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