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Roteiro pela Justiça Climática arranca este mês
Na quinta-feira, 23 de junho, o aquecimento é outro. No Martim Moniz, a partir das 18h30, alguns artistas gráficos coordenarão equipas de jovens na preparação de faixas, pancartas e outros materiais visuais que serão usados nas semanas seguintes nas ações do Roteiro pela Justiça Climática. No sábado seguinte, os bloquistas encontram-se no Lumiar para um percurso de intervenções em jardins, ruas e mercados até à Assembleia Municipal de Lisboa, na Avenida de Roma. Ali, ao lado do antigo Cinema Roma, nas sombras do jardim Fernando Pessa, haverá piquenique, atuações musicais e intervenções políticas de ativistas e de Catarina Martins. No final, o Roteiro parte de bicicleta até à Baixa, celebrando a vitória do movimento de defesa da ciclovia da Almirante Reis e defendendo uma revolução na mobilidade urbana de Lisboa.
De Lisboa para Braga
A segunda jornada do Roteiro decorrerá no Minho. O Roteiro instala-se em Viana do Castelo, com o concerto “não há planeta B”, na Praça da Ervinha, na noite de sexta-feira, 1 de julho, e no dia seguinte apresenta uma pequena mostra de Cinema pelo Clima, a decorrer entre o final de tarde e a noite de sábado. Pelo meio, o Roteiro vai a Braga, onde tratará do tema dos transportes urbanos no quadrilátero urbano Braga-Guimarães, Barcelos-Famalicão. Na marcha que juntará Braga a São Pedro de Merelim, será inaugurada uma estação para o futuro e, no final do percurso, depois do almoço convívio na praia fluvial de Merelim, serão debatidas as estratégias para cidades sem carros e com transportes públicos gratuitos. Estará presente uma delegação do Bloco Nacionalista Galego que governa o município de Pontevedra há mais de vinte anos. A cidade é um exemplo internacional por ter retirado com sucesso o trânsito de automóveis do centro urbano e desenvolvido inovadores sistemas de mobilidade sustentável.
“Respeito pela Terra e por quem a trabalha”
A 24 de julho, o Roteiro desce ao Litoral Alentejano, sob o lema “Respeito pela Terra e por quem a trabalha”. Os bloquistas percorrerão zonas onde a agricultura intensiva tem fustigado os recursos locais e farão um almoço comunitário com ativistas locais e trabalhadores imigrantes que, naquela zona, levaram recentemente a cabo os primeiros protestos contra os abusos laborais e a sobre-exploração.
Nos meses de setembro e outubro, está prevista a passagem do Roteiro Climático pela Margem Sul do Tejo, distrito do Porto, Algarve e Interior.
Em defesa da planificação ecológica da economia
No panfleto em que divulga o Roteiro pela Justiça Climática, o Bloco de Esquerda apresenta o aquecimento global como “uma questão de sobrevivência para milhares de espécies - e a humana é uma delas. O problema chama-se capitalismo e só pode ser resolvido com democracia, através da planificação ecológica da economia, colocando a vida acima dos lucros”.
Para o Bloco, “só a planificação ecológica da economia e o controlo público sobre os recursos da energia, dos transportes e do sistema bancário podem impor investimento público, criação de empregos pelo clima e urgência numa verdadeira transição energética, produtiva e de consumo”.
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