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Rio representa interesse de privados no desmantelamento do SNS e Segurança Social
Esta segunda-feira, a campanha do Bloco passou pela Feira de Espinho, onde Catarina Martins confrontou as propostas de Rui Rio. Para a coordenadora bloquista, este representa os grupos seguradores e da saúde privada e o seu programa, de que não fala, é abrir caminho à privatização da segurança social e da saúde. Pelo contrário, a responsabilidade da esquerda é vencer a direita para abrir um novo ciclo de recuperação do SNS e proteção da Segurança Social.
Nesta feira, Catarina Martins ouvira falar, por exemplo, dos apoios à deficiência que "foi prometido que correriam de uma forma e depois correram de outra e deixaram tantas pessoas excluídas e em dificuldades", de "como os preços estão mais altos" apesar do PS insistir em manter salários e pensões congeladas e "não fazer nada face a esta inflação". A estes junta-se a revolta dos trabalhadores precários a quem foi prometido apoio durante a pandemia e que "quatro em cada cinco não viram o apoio que foi prometido".
Daí a importância destas eleições como "momento para desbloquear soluções" que "respondam à vida concreta das pessoas" e de ser preciso "ouvir a revolta" das pessoas que "trabalham muito e têm vidas muitas" a quem foi prometido apoio ou aumento de pensões mas depois "deixaram tudo na mesma".
Para além de quem quer deixar tudo na mesma, Catarina Martins visou também quem quer fazer ainda pior, nomeadamente a direita que tem a proposta de "privatizar pensões", que "representa as grandes seguradoras, não representa os pensionistas portugueses".
A porta-voz partidária recordou que, já em 2015, a direita tinha esta sanha privatizadora e o PS queria congelar pensões e retirar à Segurança Social 2.550 milhões de euros. Então, foi a força do voto no Bloco que “não o permitiu”.
É agora preciso derrotar o “projeto privatizador do país que é um perigo” trazido por uma direita que é “representante dos grandes grupos privados da saúde e das seguradoras privadas que querem ficar com a Segurança Social”. Por isso, à esquerda, a responsabilidade é “não ter anúncios que não são cumpridos” mas “responder aos pensionistas e a quem trabalha e pergunta pela sua pensão e não aceita e com razão ter pensões de miséria depois de ter contribuído toda uma vida” e “construir as maiorias que afastem a direita e criem um governo com estabilidade que respeita quem trabalha”. Catarina Martins assegura que “o Bloco já provou que é capaz de o fazer” e que “é a força de cada um que vai construir as soluções para o dia seguinte”.
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