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Ricardo Robles defende cedência de imóveis municipais a universidades
Em declarações à Lusa depois de uma visita à residência Egas Moniz, no Saldanha, o candidato bloquista afirmou que“existem poucas residências universitárias em Lisboa – a oferta é de cerca de mil camas, sendo que as necessidades são mais do dobro – e, portanto, é preciso dar resposta a essa urgência”.
Para o candidato do Bloco, “o município tem uma palavra importante a dizer sobre isto, tem muito património e pode, com certeza, disponibilizar algum património para, em articulação com as universidades, criar condições para residências universitárias”.
No que diz respeito ao modelo mais adequado para dar expressão a esta medida, Ricardo Robles considerou que tal pode passar pelo estabelecimento de um protocolo de cooperação entre a autarquia e as universidades.
“Alguns dos imóveis da Câmara precisam de poucas obras e, portanto, o investimento na recuperação desses edifícios não seria muito grande e seria uma solução muito importante para esta comunidade de estudantes que enfrenta muitas dificuldades”, referiu, e nesse sentido lembrou os “custos muito elevados” não só do mercado imobiliário como das propinas.
“Estão a pôr-nos na rua”
Apesar de o património municipal ser “muito vasto”, o candidato bloquista disse que “têm de ser criadas soluções a vários níveis”, dado que também falta habitação social para a classe média na cidade de Lisboa.
“Na questão das residências, a oferta também é diferente, [porque] são criadas soluções que são coletivas, não são apartamentos individualizados, mas com espaços comuns e quartos individuais”, sublinhou.
A residência Egas Moniz tem capacidade para 141 estudantes, distribuídos por 71 quartos, sendo que 36 são reservados para o sexo feminino e 34 para o sexo masculino e está instalada num edifício com nove pisos arrendado há cerca de 40 anos pelos Serviços de Ação Social da Universidade de Lisboa a privados.
Nesta e noutras residências por si geridas, os Serviços de Ação Social da Universidade de Lisboa tiveram de negociar com os senhorios as adaptações ao Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU).
O diretor executivo dos Serviços de Ação Social da Universidade de Lisboa, Carlos Garcia, que marcou presença nesta visita disse no entanto que as conversações são cada vez mais difíceis.
“Estão a pôr-nos na rua”, denunciou aquele responsável tendo explicitado que há casos em que os proprietários aumentam de forma muito significativa o valor das rendas ou não procedem à renovação de contratos para colocarem os imóveis no mercado de alojamento local.
Esta situação levou Ricardo Robles alertar para o facto de “algumas destas camas vão desaparecer num futuro próximo se nada for feito”, tendo ainda adiantado que “o NRAU de Assunção Cristas [candidata centrista à presidência da Câmara de Lisboa e antiga ministra] está a pressioná-los com rendas mais altas e com ordens de saída”.
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Veiga Beirão
A Veiga Beirão vai ser vendida ao preço da chuva para um hotel ou um condomínio de luxo. Por que razão? Quem decidiu? O Hospital da CUF Infante Santo vai para um novo edifício em terreno praticamente doado pela CML em Alcântara, aliás num local que deveria ser usado como nó rodo-ferroviário. Em comparação a CUF vai vender o atual hospital para fazer um condomínio. Por quanto o vendeu? Quando acabarão estas negociatas?
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