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Resgate à aviação? 250 organizações colocam linhas vermelhas

Ambientalistas de 25 países exigem medidas de proteção de trabalhadores para uma transição energética ambientalmente justa. E avisam que a crise da Covid-19 "pode ser apenas uma amostra do que será uma crise climática”.
#SavePeopleNotPlanes
Imagem da campanha Save People Not Planes

Organizações que lutam pela preservação do ambiente e pelos direitos sociais enviaram uma carta aberta internacional aos Governos, apelando a que resistam ao lóbi da aviação e que aproveitem este momento de resposta à pandemia “para incorporar condições sociais e ambientais, que assegurem a devida proteção dos trabalhadores e uma transição para uma mobilidade ambientalmente justa”. A carta foi subscrita por 250 organizações, de 25 países.

A iniciativa deu lugar a uma petição pública, disponível para subscrição pela internet.

Segundo os promotores da iniciativa “o setor aéreo fez fortuna nas últimas décadas, com taxas de crescimento mais elevadas do que a maioria dos setores económicos - o que levou a um grande aumento de emissões. A aviação já é responsável por 5-8% do aquecimento climático a nível mundial, quando incluímos os outros impactos além do CO2. Trata-se de um dano enorme, ainda mais porque causado por poucos passageiros frequentes: como descobriu um estudo recente, os 10% mais ricos do mundo utilizam 75% da energia do transporte aéreo”, pode ler-se no comunicado tornado público pela campanha ATERRA.

Para Alexandre Perteguer, porta-voz da ATERRA, que congrega 15 organizações portuguesas, “a crise do Covid-19 é urgente, no entanto, pode ser apenas uma amostra do que será uma crise climática. O momento que vivemos mostra que se é possível agir coletivamente de forma a parar milhares de mortes pelo vírus, também é possível efetuar uma verdadeira transição energética justa. Formar trabalhadoras da aviação para a transição para uma economia sustentável, e investir na ferrovia e noutros meios de transporte que respondam às necessidades da população, sem por em causa o futuro. O regresso à normalidade anterior à crise do Covid-19 não pode ser uma opção.”

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