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Reprodução social e financeirização

Há muito que as economistas feministas vêm chamando a atenção para as questões da reprodução social, isto é, para as relações sociais e as atividades envolvidas na reprodução dos seres humanos e da sua força de trabalho. Por Ana Santos, que estará no Fórum Socialismo 2018.
Ana Santos estará no Fórum Socialismo 2018, que se realiza no primeiro fim de semana de setembro na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria.
Ana Santos estará no Fórum Socialismo 2018, que se realiza no primeiro fim de semana de setembro na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria.

Esta agenda contribuiu para importantes conquistas sociais nas áreas do trabalho e da provisão social, reconhecendo-se, coletivamente, o papel social desempenhado pelas mulheres e tentando equilibrar a distribuição de responsabilidades entre a família, as empresas e o Estado.

Contudo, descriminação e desigualdades salariais entre homens e mulheres persistem no domínio laboral. Parece até que estamos a assistir a um retrocesso social perante as reformas laborais regressivas, as muitas insuficiências na provisão pública, nomeadamente no apoio à infância e nos cuidados aos idosos, e a degradação da provisão em áreas que conheceram avanços substanciais, caso da saúde.

A falta de atenção a este tipo de questões, tanto na academia, como no debate público, reflete desigualdades de género mais vastas, e mais profundas, que invisibilizam os fardos que a crescente desresponsabilização coletiva pela provisão social ainda impõe às mulheres e as suas consequências sobre as famílias e a sociedade em geral.

Nesta sessão [a que Ana Santos apresentará no Fórum Socialismo, em Leiria], propõe-se discutir a pertinência da agenda feminista, de inspiração marxista, na atualidade, detendo-se nos impactos, em termos de género, da financeirização da reprodução social.

Termos relacionados Fórum Socialismo 2018, Cultura
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