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Renda de casas na periferia registou aumento de 200 euros

Nos centros de cidades como Lisboa e Porto as rendas estão cada vez mais incomportáveis. Para quem procura alternativa nos arredores, a oferta já é escassa e os preços também estão cada vez mais altos: desde 2009, a renda média cresceu perto de 200 euros.
Foto de Paulete Matos.

Rendas de 700 e 800 euros por um T2 na Amadora, “com dois ou três meses de caução, mais a renda da entrada e fiador”, ou mil euros por um T3 em Carnaxide, com a hipótese de optar apenas um quarto por 400 euros. Este é o cenário traçado pelo Diário de Notícias/Dinheiro Vivo (DN/DV) num artigo sobre o aumento dos preços das casas na periferia.

O DN/DV descreve ainda a corrida às habitações disponíveis, dando o exemplo de uma senhoria que recebeu entre 50 a 70 chamadas por dia nos dois dias em que o anúncio de um arrendamento por 500 euros esteve disponível.

Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal, destaca que o movimento é “transversal”, na medida em que não se limita às cidades de Lisboa e do Porto, assinalando que o problema passa pela falta de oferta, que se sente ainda mais no arrendamento: “Uma renda de 800 euros nalguns locais à volta de Lisboa era impensável há uns anos, mas agora também estas zonas estão mais dinâmicas e os preços subiram”.

Atualmente, muitos imóveis nem sequer chegam a ser anunciados nos sites das imobiliárias, sendo encaminhados de imediato para os clientes em espera.

Segundo dados da Century 21 e do Imovirtual, o valor médio das rendas à volta de Lisboa e do Porto cresceu 200 euros desde 2009. Na cidade de Lisboa, a variação homóloga de preços alcançou, no final de 2016, doze trimestres consecutivos de subida, e, no Porto, as rendas registaram um aumento mais significativo a partir do segundo semestre. A nível nacional, as rendas conheceram, no final de 2016, a variação homóloga mais elevada desde o início de 2011.

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