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Relatório da dívida “apresenta soluções para libertar recursos para o próximo Orçamento”

Catarina Martins, afirmou, este sábado em Almada na apresentação da candidatura autárquica bloquista, que o relatório do grupo de trabalho sobre a dívida é um documento muito importante, por três razões.
Catarina Martins salientou que o relatório sobre a dívida é muito importante porque apresenta “soluções que, no imediato, permitem libertar já recursos para que o próximo orçamento do Estado possa cumprir as posições conjuntas, para acabar com o empobrecimento no nosso país”
Catarina Martins salientou que o relatório sobre a dívida é muito importante porque apresenta “soluções que, no imediato, permitem libertar já recursos para que o próximo orçamento do Estado possa cumprir as posições conjuntas, para acabar com o empobrecimento no nosso país”

Neste sábado, 29 de abril, foi apresentada a candidatura do Bloco de Esquerda para o concelho de Almada, que desenvolvemos noutra notícia. A deputada Joana Mortágua encabeça a lista para a Câmara Municipal e Carlos Guedes é o primeiro candidato à Assembleia Municipal. Na iniciativa, a coordenadora do Bloco de Esquerda falou sobre o relatório do grupo de trabalho sobre a dívida, formado pelo Bloco de Esquerda, pelo PS e por independentes.

Não foi o país que andou a viver acima das possibilidades”

Catarina Martins começou por referir que o “documento não é seguramente a proposta do Bloco de Esquerda, que se mantém como sempre pela reestruturação da dívida que permita libertar recursos para o investimento e para o emprego”, salientando no entanto que “é o relatório que foi possível com forças diferentes, pensamentos diferentes e que tem três pontos extraordinariamente importantes”.

“O primeiro, é que pela primeira vez há um documento oficial no nosso país de consenso, convergência, trabalhado, detalhado. Pela primeira vez, temos um estudo feito ao mais alto nível que aponta as causas da dívida pública e que diz, preto no branco, que não foi o país que andou a viver acima das possibilidades foi a finança que nos andou a roubar”, sublinhou a coordenadora do Bloco de Esquerda.

“É um documento que pela primeira vez afirma, preto no branco, não é só Bloco a dizê-lo, mas que afirma baseado no estudo que as metas do tratado orçamental não são impossíveis porque os governos não querem, são impossíveis porque são economicamente absurdas e socialmente impossíveis”, realçou a deputada.

Soluções para libertar recursos no imediato”

A coordenadora bloquista afirmou que, em segundo lugar, “o documento é muito importante porque apresenta soluções, que não sendo a reestruturação que o Bloco de Esquerda quer fazer e pela qual continuará a lutar, são soluções que, no imediato, permitem libertar já recursos para que o próximo orçamento do Estado possa cumprir as posições conjuntas, para acabar com o empobrecimento no nosso país”.

Apontando que a direita ficou nervosa e Passos Coelho veio logo dizer que se estava a atacar o Banco de Portugal, a coordenadora bloquista criticou: “Esqueceu-se de dizer que o Banco de Portugal faz uma gestão dos seus recursos diferente da maior parte dos bancos centrais do resto da Europa. E que é um dos poucos bancos centrais da Europa que faz uma gestão de recursos contra as contas públicas do seu próprio país em vez de ser para as ajudar”.

“Não temos nada contra o Banco de Portugal, temos tudo contra as políticas erradas do Banco de Portugal”, destacou a deputada bloquista.

Teste ao Governo e à União Europeia

A coordenadora bloquista salientou que, em terceiro lugar, o relatório apresenta uma proposta para propor à UE uma alteração de como pagar a dívida.

Notando que o Bloco acredita pouco em milagres, pelo que a proposta “se calhar tem pouco caminho” e sabendo que “não tem havido da Comissão Europeia e do Governo alemão qualquer abertura para este tipo de caminhos”, a coordenadora bloquista salienta que a proposta “é um teste significativo tanto à vontade do governo português colocar os problemas que contam em cima da mesa na Europa, como afinal qual é a natureza da UE em que estamos”.

“Não ficamos sentados à espera que aconteça”, apontou Catarina Martins, sublinhando que “a posição do Bloco é que é precisa uma reestruturação da dívida que permita libertar recursos para o país”, e realçou que “fica também claro que outra proposta de renegociação a nível europeu está tecnicamente preparada e se não avançar não será por culpa da esquerda, será por culpa da UE”.

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