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Refugiados continuarão a chegar à Europa durante o inverno

As Nações Unidas estimam que nos meses de inverno poderão chegar à Europa cerca de 600 mil refugiados e apelam ao reforço dos mecanismos de ajuda para minimizar o impacto causado pelas baixas temperaturas.
foto de Josh Zakary

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), prevê que os refugiados continuem a chegar à Europa durante os meses de inverno tendo por isso divulgado um documento onde alerta para a necessidade de definir uma estratégia capaz de minimizar os efeitos causados pelo frio.

Este organismo prevê que entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016, possa haver uma média de cinco mil chegadas por dia através da Turquia, num total de 600 mil pessoas que entrarão pelas fronteiras da Croácia, Grécia, Sérvia, Eslovénia.Espera igualmente a chegada de refugiados à antiga República Jugoslava da Macedónia.

Neste documento, o ACNUR considera que é "improvável" esperar uma redução no número de refugiados, a exemplo do que aconteceu no passado recente, uma vez que mais de 752 mil pessoas já atravessaram o mar, a maioria dos quais em direção à Grécia.

Recorde-se que em anos anteriores, as travessias de refugiados no mar Mediterrâneo caíram significativamente no inverno, uma vez que as condições meteorológicas mais duras dificultam ainda mais os perigos destas viagens.

Por esta razão, este organismo pediu 96,15 milhões de dólares (88,5 milhões de euros) em apoio adicional para este plano de proteção durante o inverno, com o objetivo de preparar os abrigos e centros de receção para os meses mais frios.

Ao longo do próximo ano, o ACNUR estima necessitar de um total de 173 milhões de dólares (159 milhões de euros) para acolher em condições de segurança e dignidade todos  os refugiados que chegarem à Europa.

Recorde-se que, desde o início deste ano, já morreram cerca de 3500 pessoas quando tentavam  atravessar o Mediterrâneo.

“ A humidade e o frio que caracterizam o inverno aumentam significativamente as dificuldades já existentes e podem mesmo levar a um acréscimo do número de mortes se não forem tomadas medidas urgentes”, considera a agência das Nações Unidas.

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