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“Quero ser a Presidente que vira a página dos sacrifícios”

Marisa Matias sublinhou que o Presidente da República “tem a obrigação de pôr a democracia e as instituições a funcionar”, e que a este não lhe cabe ser “porta-voz dos poderes económicos, mas o garante da estabilidade das pessoas que aqui vivem”.
Foto de Paulete Matos

A candidata presidencial esteve esta terça-feira em Vila Real, onde, num jantar com apoiantes, sublinhou que “o Presidente da República tem a capacidade única no país, para dar voz e pôr em diálogo setores que foram completamente esquecidos ao longo dos últimos anos”. Afirmou que a sua candidatura “quer falar e mostrar o país invisível”, e enalteceu as pessoas que, perante todas as dificuldades “resistem com a maior dignidade”.

Lembrou as pessoas que, neste país, “ficaram fora do serviço nacional de saúde”, as que foram vítimas dos “ataques que fizeram à escola pública” e as que sofreram com os “ataques fortíssimos aos direitos laborais”. Lembrou os pensionistas e os reformados - alvos especiais deste ciclo de empobrecimento - “que foram transformados numa espécie de sacrificados de serviço para todos os falhanços da política económica”. Falou da “total incapacidade de fazer reformas na justiça”, da destruição da cultura, da ciência e do ensino superior, e lembrou a vaga de emigração, como já não se via desde a década de 60.

Marisa Matias lembrou, por fim, que todos estes são direitos que estão consagrados na Constituição da República, que o atual Presidente nunca quis defender. “Quero ser a Presidente da República que vira a página dos sacrifícios que foram impostos pelas elites, e começar um novo ciclo de confiança contra o medo”, sublinhou.

A candidata destacou, ainda, que uma “nova política não se resolve com a velha política, com os velhos costumes, nem com os dogmas da maioria das candidaturas que se apresenta a estas eleições”, como “eu não me comprometo, eu não faço escolhas, eu não tomo partido”. Não! Em política fazem-se escolhas”, e desafiou todos os candidatos/as a apresentar propostas concretas, claras e que mostrem ao que vão. 

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