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“Queremos ter força para governar o país”

Num debate promovido pelo Bloco em Torres Novas, Catarina Martins defendeu que o país precisa de mais força à esquerda e que o partido deve insistir na recuperação das pensões e na prioridade ao emprego quando for negociado o próximo Orçamento do Estado.
Helena Pinto e Catarina Martins foram as convidadas do debate Sexta d'Ideias, intitulado "O que quer o Bloco?"

"O que é que o Bloco de Esquerda quer? No próximo Orçamento de Estado recuperar pensões das pessoas, condições de investimento para criar emprego, queremos escolas públicas com mais meios, responder a quem mais precisa, combater a precariedade e o abuso do trabalho precário", afirmou Catarina Martins no debate “O que quer o Bloco?”, promovido pelo partido esta sexta-feira em Torres Novas, tendo sublinhado ainda a necessidade de "recuperar os rendimentos do trabalho, proteger o Estado social e parar as privatizações".

"Queremos mais força à esquerda e queremos uma nova relação de forças, sem pôr em causa a relação que temos, para um reforço do trabalho em prol da vida coletiva e para não ser só parceiro de Governo mas ter força para governar o país. É difícil? É. Mas, se fosse fácil, não estávamos aqui", acrescentou Catarina Martins, citada pela agência Lusa.

"Quem votou no Bloco fez escolhas e recusou decisões tomadas à partida. Não tivemos votos para ser Governo mas os votos no Bloco forçaram a um novo compromisso e com mais gente a querer ter voz de futuro. O Bloco tem cultura de poder desde o primeiro momento porque não deixa de acreditar nem abdica do que defende e no que acredita", concluiu a porta-voz bloquista num debate que juntou mais de cem pessoas e teve a participação da ex-deputada Helena Pinto, atual vereadora da autarquia de Torres Novas.

Na sua intervenção, Helena Pinto também pegou no tema da esquerda e poder para lembrar que no ano 2000 e com apenas dois deputados, foi possível ver aprovada a criminalização da violência doméstica por iniciativa do Bloco: “Aí fomos poder, com um contributo decisivo para uma mudança civilizacional no nosso país” – e “também fomos poder em Torres Novas quando apresentámos um conjunto de propostas para o regulamento municipal de urbanização e edificação, perante uma proposta vazia do PS”, maioritário na autarquia. “Não queremos diferenças entre quem vive na cidade e nas freguesias, e também fomos poder porque fomos à luta e conseguimos que hoje a população tenha, toda ela, taxas muito mais favoráveis”, afirmou a vereadora, citada pelo portal Médio Tejo.

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