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Quem inicia agora a vida ativa terá de trabalhar mais 2,6 anos até à reforma

A OCDE prevê que a idade de reforma em Portugal passe dos 65,2 para os 67,8 anos. De acordo com estas previsões, Portugal seria o oitavo país onde a idade de reforma mais aumentaria.
Quem inicia agora a vida ativa terá de trabalhar mais 2,6 anos até à reforma
Foto de Paulete Matos.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê que quem esteja a iniciar agora a sua vida ativa terá de trabalhar mais 2,6 anos que aqueles que se estão agora a reformar. Em termos práticos, a idade passaria, segundo estas previsões, de 65,2 para 67,8 anos.

O relatório “Panorama das pensões 2019” da OCDE coloca Portugal como um dos países em que a idade de reforma mais irá subir.

Com a idade legal de acesso à pensão indexada à esperança média de vida, a subida dos 65,2 para os 67,8 anos assume a entrada na vida ativa aos 22 anos e coloca Portugal na oitava posição da lista de países onde se espera que a idade de acesso à pensão para quem está agora a começar a vida ativa mais avance.

Acima de Portugal está a Dinamarca, que passaria, de acordo com as previsões, dos 65 anos para os 74, Itália (de 67,0 para 71,3 anos), da Holanda (de 65,8 para 71,3 anos) ou da Estónia (de 63,3 para 71,0 anos).

O estudo, ao qual a agência Lusa teve acesso, considera que as medidas tomadas por vários países para atualizar a idade de reforma com a esperança média de vida serão “insuficientes” para manter o equilíbrio entre a saída da vida ativa e a entrada na reforma.

“Tendo em conta as medidas tomadas, cerca de metade dos países da OCDE verão a idade da reforma aumentar dos atuais 63,8 anos, em média, para os 65,9 anos em 2060. Isto representa metade dos ganhos na esperança de vida esperados para o mesmo horizonte, o que significa que, só por si, estas medidas serão insuficientes para estabilizar o equilíbrio entre a vida ativa e a reforma”, afirma-se no “Panorama das pensões 2019”.

Portugal consta na lista de países com envelhecimento mais rápido. Nos últimos 40 anos, o número de pessoas com mais de 65 anos por cada 100 em idade ativa aumentou de 20 para 31. Estima-se que esse valor esteja nos 58% em 2060.

O relatório coloca Portugal entre os 10% de países onde a taxa de substituição das pensões para as carreiras contributivas completas se vai manter estável quando comparada entre os que estão agora a reformar-se e os que nasceram na década de 1990.

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