You are here
Quatro polícias detidos e acusados no caso do assassinato de Breonna Taylor

O ex-detetive da polícia metropolitana de Louisville, Joshua Jaynes, foi levado sob custódia do FBI na manhã de quinta-feira e acusado de obstrução e violações de direitos civis por utilizar conscientemente informações falsas, enganosas e incompletas para obter um mandado de busca que autorizava as autoridades a arrombar a porta da casa de Breonna Taylor sem qualquer aviso prévio.
Também foram acusados de "crimes contra direitos civis, conspirações ilegais, uso inconstitucional da força e crimes de obstrução" o sargento da polícia de Louisville Kyle Meany, a oficial Kelly Hanna Goodlett e o ex-detetive da polícia de Louisville Brett Hankison.
De acordo com o procurador-geral Merrick Garland, os polícias também "tomaram medidas para encobrir a sua conduta ilegal depois da morte de Breonna Taylor".
Para Ben Crump, advogado de direitos civis que representou a família de Breonna Taylor, a acusação representa “um grande passo em direção à justiça".
Breonna Taylor foi morta a tiros por agentes do Departamento de Polícia Metropolitana de Louisville na madrugada de 13 de março de 2020. A jovem de 26 anos e o seu namorado, Kenneth Walker, estavam a dormir no seu apartamento, quando, por volta da meia-noite, foram acordados com a invasão da sua casa pela polícia, munida de um mandado de busca no âmbito de uma investigação na qual o ex-namorado de Taylor era suspeito. Walker, pensando estar perante um assalto, disparou a sua arma, devidamente licenciada, ferindo um polícia. Na sequência desse disparo, os agentes ripostaram com mais de duas dezenas de tiros, atingindo fatalmente a jovem. Na casa de Taylor não foram encontradas quaisquer substâncias ilegais.
O assassinato da jovem, a par do assassinato de George Floyd, motivaram uma onda de protestos nos Estados Unidos contra a injustiça racial e a violência e impunidade policial.
Add new comment