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PSD anuncia voto contra todas as medidas de resposta à crise social

“Se a crise aquece, o PSD desaparece”, destaca Pedro Filipe Soares. Esta quarta-feira são votadas medidas para salvaguardar bens essenciais, defender o emprego, apoiar pequenas e médias empresas e proibir a distribuição de lucros na banca. Sociais-democratas não têm iniciativas agendadas.
Rui Rio, presidente do PSD. Foto de António Cotrim, Lusa.
Rui Rio, presidente do PSD. Foto de António Cotrim, Lusa.

Esta terça-feira, o vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Adão e Silva, anunciou que o PSD irá votar contra todas as propostas que serão discutidas e votadas no debate plenário agendado para esta quarta-feira, a partir das 15h.

Adão e Silva defendeu que é preciso manter uma “relação de serenidade, de equilíbrio e tranquilidade para com os cidadãos” e afirmou-se preocupado com a despesa associada a estas medidas.

Além de optar por votar contra todas as medidas em debate, a bancada social-democrata decidiu ainda não apresentar qualquer alternativa, não tendo nenhuma iniciativa agendada. 

“Quando perguntarem quem faz a diferença, risquem da lista o PSD”

“Rio apresentou propostas, mas não as leva a votos e chumba as iniciativas de todos os outros.
Se a crise aquece, o PSD desaparece”, escreve Pedro Filipe Soares na sua página de Facebook.

O líder parlamentar do Bloco defende que esta “tática do treinador de bancada, que fica à espera que as coisas corram mal para dizer ‘eu bem avisei’ não serve o país”.

“É agora que construímos as soluções para travar a crise económica e social, não é quando a recessão se instalar. O que não fizermos agora iremos pagar mais tarde em destruição económica. Como diz o povo, neste momento difícil, só faz falta quem cá está”, sinaliza Pedro Filipe Soares, acrescentando que “o PSD desertou”.

Parlamento vota medidas de emergência para responder à crise social

A proibição dos despedimentos, o alargamento do apoio extraordinário aos recibos verdes, a manutenção do apoio excecional à família em períodos de interrupção letiva e a inclusão dos sócios gerentes das empresas no universo de beneficiários do apoio extraordinário à manutenção de contrato de trabalho são algumas das medidas bloquistas que visam a proteção do emprego e que serão discutidas no debate plenário desta quarta-feira.

Neste âmbito serão ainda submetidas a votação projetos do Bloco para reduzir para metade os prazos exigidos para o acesso ao subsídio de desemprego e subsídio social de desemprego e para a criação de um acréscimo relativamente à remuneração base para trabalho em condições de risco, penosidade ou insalubridade. A regularização com caráter de urgência dos vínculos precários com processos pendentes no âmbito do PREVPAP e a salvaguarda dos postos de trabalho com apoios diretos às Micro e Pequenas Empresas para pagamento de salários também integram este pacote de medidas de resposta à crise.

O Bloco quer ainda ver garantidos o acesso aos bens de primeira necessidade, nomeadamente eletricidade, gás e água, e a suspensão do pagamento de propinas nas instituições de Ensino Superior e do pagamento do alojamento em residências universitárias.

Num contexto em que ao Estado é pedido um esforço e que muitos trabalhadores perderam o emprego, perderam salário, e muitas empresas lutam para manter a atividade, o Bloco apresenta também um projeto de lei que proíbe a distribuição de dividendos por parte dos bancos aos seus acionistas.

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