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Protesto online pela Cultura é este sábado

Inicialmente previsto como uma iniciativa de rua, o protesto será promovido por todas e todos os que aderirem publicando imagens nas redes sociais com a hashtag #NaRuaPeloFuturoDaCultura este sábado, dia 30 de janeiro.
Protesto de maio de 2020 na Praça do Rossio, em Lisboa.
Protesto de maio de 2020 na Praça do Rossio, em Lisboa. Foto esquerda.net.

A iniciativa conjunta de várias organizações e associações do setor foi marcada a 7 de janeiro, como protesto por apoios sociais “acima do limiar da pobreza”, por respostas estruturais às limitações à atividade cultural, e o compromisso de pagamento de 100% de todas as atividades canceladas.

“O adiamento das atividades não é solução, temos de viver todos os dias e não podemos adiar as contas de cada mês”, explicam na convocatória as quarenta associações que mobilizam a iniciativa, incluindo a Plateia, a Associação de Artistas Visuais de Portugal (AAVP), o Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia ou a Performart.

“Nos apoios sociais, continua a não estar garantido um apoio acima do limiar da pobreza a todas as pessoas que dele precisam. Precisamos de uma resposta que vá para além dos sucessivos estados de emergência e confinamento, e que responda até ao fim de todas as limitações à atividade, provocadas pela pandemia”, escrevem.

“É fundamental um compromisso com o pagamento a 100% de todas as atividades, de todas as áreas profissionais da cultura, que foram canceladas ou adiadas, nomeadamente todas as atividades preparatórias, formativas, de mediação e de contacto com públicos, e não só eventos”, explicam.

Com a evolução da crise pandémica, o perfil da iniciativa foi alterado para a presença concentrada da mensagem do protesto nas redes sociais durante o dia 30 de janeiro. 

Em declarações ao jornal Público, Amarílis Felizes, da Plateia, afirmou que este protesto nacional é “em resposta à não-resposta” que as estruturas receberam da tutela da Cultura, na última reunião, em Dezembro. “Achamos que estar na rua é importante para chamar a atenção e queremos respostas concretas”, disse. Na convocatória de dia 7, as estruturas representativas do setor diziam-se indignadas pelo facto de, “já a partir de Janeiro de 2021, os apoios para quem trabalha a recibos verdes sejam ainda menores e tenham um acesso mais condicionado (com condição de recursos) do que os que existiram em 2020”.

Teresa Coutinho, da Acção Cooperativista, afirmou: “Estamos há dez meses a sofrer de forma brutal as consequências da precariedade laboral, da falta de direitos e de proteção social, agravadas pelas consequências devastadoras da pandemia, que nos conduzem, sem alternativa, à carência económica, a situações de endividamento e informalidade”.

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