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Protesto online pela Cultura é este sábado
A iniciativa conjunta de várias organizações e associações do setor foi marcada a 7 de janeiro, como protesto por apoios sociais “acima do limiar da pobreza”, por respostas estruturais às limitações à atividade cultural, e o compromisso de pagamento de 100% de todas as atividades canceladas.
“O adiamento das atividades não é solução, temos de viver todos os dias e não podemos adiar as contas de cada mês”, explicam na convocatória as quarenta associações que mobilizam a iniciativa, incluindo a Plateia, a Associação de Artistas Visuais de Portugal (AAVP), o Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia ou a Performart.
“Nos apoios sociais, continua a não estar garantido um apoio acima do limiar da pobreza a todas as pessoas que dele precisam. Precisamos de uma resposta que vá para além dos sucessivos estados de emergência e confinamento, e que responda até ao fim de todas as limitações à atividade, provocadas pela pandemia”, escrevem.
“É fundamental um compromisso com o pagamento a 100% de todas as atividades, de todas as áreas profissionais da cultura, que foram canceladas ou adiadas, nomeadamente todas as atividades preparatórias, formativas, de mediação e de contacto com públicos, e não só eventos”, explicam.
Com a evolução da crise pandémica, o perfil da iniciativa foi alterado para a presença concentrada da mensagem do protesto nas redes sociais durante o dia 30 de janeiro.
Em declarações ao jornal Público, Amarílis Felizes, da Plateia, afirmou que este protesto nacional é “em resposta à não-resposta” que as estruturas receberam da tutela da Cultura, na última reunião, em Dezembro. “Achamos que estar na rua é importante para chamar a atenção e queremos respostas concretas”, disse. Na convocatória de dia 7, as estruturas representativas do setor diziam-se indignadas pelo facto de, “já a partir de Janeiro de 2021, os apoios para quem trabalha a recibos verdes sejam ainda menores e tenham um acesso mais condicionado (com condição de recursos) do que os que existiram em 2020”.
Teresa Coutinho, da Acção Cooperativista, afirmou: “Estamos há dez meses a sofrer de forma brutal as consequências da precariedade laboral, da falta de direitos e de proteção social, agravadas pelas consequências devastadoras da pandemia, que nos conduzem, sem alternativa, à carência económica, a situações de endividamento e informalidade”.
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