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Protesto na Google por medidas de combate ao assédio sexual

Trabalhadores da Google abandonaram hoje os postos de trabalho para protestar contra o assédio sexual em contexto laboral. Manifestação surge na sequência da divulgação do afastamento do criador do sistema Android, acusado de assédio sexual, com uma indemnização de 80 milhões de euros.
Protesto na Google por medidas de combate ao assédio sexual
Trabalhadores da Google manifestam-se em Londres. Foto de GoogleWalkout/Twitter.

Trabalhadores da Google manifestam-se hoje nos escritórios da empresa em vários países para exigir medidas contra o assédio sexual em contexto laboral. O protesto, “Walkout For Real Change”, surge na sequência da divulgação de casos de assédio sexual praticados por executivos da empresa estado-unidense. 

Aos manifestantes fora pedido que abandonassem o posto de trabalho por volta das 11 horas e que deixassem um papel nas suas secretárias onde se lesse “Não estou no meu posto de trabalho porque estou solidário com outros membros da Google em protesto contra o assédio sexual, comportamentos inapropriados, falta de transparência e uma cultura de trabalho que não se adequa a todas as pessoas”. 

Os trabalhadores exigem “o fim da arbitragem forçada em casos de assédio e de discriminação para todos os funcionários atuais e futuros”, querem que a Google assuma o compromisso de “acabar com a desigualdade de salários e de oportunidades” e que esta apresente um "relatório transparente” sobre práticas de assédio sexual dentro da empresa. 

Na passada semana a Google tornou público o despedimento nos últimos dois anos de um total de 48 trabalhadores por práticas de assédio sexual. Esta divulgação surgiu apenas após o jornal The New York Times ter revelado que a empresa tinha abafado alguns casos. No documento interno, Sundar Pichai, diretor-geral da Google, explicou que entre os 48 trabalhadores encontravam-se 13 altos funcionários. Sundar Pichai indicou igualmente que nenhum deles recebeu qualquer indemnização.

Estas alegações colidem com o divulgado pelo The New York Times. O jornal fez saber que entre os trabalhadores que abandonaram a Google na sequência de práticas de assédio sexual se encontrava Andy Rubin, criador do sistema Android, e que este saíra com uma indemnização de 90 milhões de dólares (sensivelmente 80 milhões de euros). 

Em declarações ao canal de televisão Sky News, um trabalhador da Google em Londres explicou que protesta “contra o assédio labora, para garantir que não protegemos aqueles que assediam (…) estamos em solidariedade com aqueles que foram assediados em qualquer emprego, por qualquer entidade patronal, esta é apenas parte de um movimento”.

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