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Protesto na Google por medidas de combate ao assédio sexual
Trabalhadores da Google manifestam-se hoje nos escritórios da empresa em vários países para exigir medidas contra o assédio sexual em contexto laboral. O protesto, “Walkout For Real Change”, surge na sequência da divulgação de casos de assédio sexual praticados por executivos da empresa estado-unidense.
Aos manifestantes fora pedido que abandonassem o posto de trabalho por volta das 11 horas e que deixassem um papel nas suas secretárias onde se lesse “Não estou no meu posto de trabalho porque estou solidário com outros membros da Google em protesto contra o assédio sexual, comportamentos inapropriados, falta de transparência e uma cultura de trabalho que não se adequa a todas as pessoas”.
The #googlewalkout in Zurich has impressive numbers! @googlewalkout pic.twitter.com/bgLHDLYfez
— Ted (@TedOnPrivacy) November 1, 2018
Os trabalhadores exigem “o fim da arbitragem forçada em casos de assédio e de discriminação para todos os funcionários atuais e futuros”, querem que a Google assuma o compromisso de “acabar com a desigualdade de salários e de oportunidades” e que esta apresente um "relatório transparente” sobre práticas de assédio sexual dentro da empresa.
Na passada semana a Google tornou público o despedimento nos últimos dois anos de um total de 48 trabalhadores por práticas de assédio sexual. Esta divulgação surgiu apenas após o jornal The New York Times ter revelado que a empresa tinha abafado alguns casos. No documento interno, Sundar Pichai, diretor-geral da Google, explicou que entre os 48 trabalhadores encontravam-se 13 altos funcionários. Sundar Pichai indicou igualmente que nenhum deles recebeu qualquer indemnização.
Estas alegações colidem com o divulgado pelo The New York Times. O jornal fez saber que entre os trabalhadores que abandonaram a Google na sequência de práticas de assédio sexual se encontrava Andy Rubin, criador do sistema Android, e que este saíra com uma indemnização de 90 milhões de dólares (sensivelmente 80 milhões de euros).
"I'm here protesting against harassment in the workplace" - @rowlsmanthorpe is outside Google's London office where workers have staged a walkout in protest against the treatment of women at the company.
For more on the story, head here: https://t.co/GmbvyGrrlx pic.twitter.com/6h4PXI7U1k
— Sky News (@SkyNews) November 1, 2018
Em declarações ao canal de televisão Sky News, um trabalhador da Google em Londres explicou que protesta “contra o assédio labora, para garantir que não protegemos aqueles que assediam (…) estamos em solidariedade com aqueles que foram assediados em qualquer emprego, por qualquer entidade patronal, esta é apenas parte de um movimento”.
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