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Protesto contra dragagens no Sado chegou a São Bento

A petição contra as dragagens o Sado foi discutida no parlamento. À porta, os manifestantes entoavam em coro: “Reserva Natural não é para o capital!”
Concentração contra as dragagens no Sado. Foto de Rita Sarrico.

“A dimensão da contestação é tal que decidiram enfrentar este tempo para estar aqui hoje para defender o Sado”, afirmou à agência Lusa David Nascimento, da SOS Sado, na concentração que decorreu sob forte vento e chuva. Com palavras de ordem como “Reserva Natural não é para o capital!” ou “Custe o que custar, doa a quem doer, o rio Sado é para defender!”, os manifestantes voltaram a contestar as dragagens que pretendem aumentar a acessibilidade dos navios de grande porte ao Porto de Setúbal.

“O Governo deve repensar este atentado ambiental. Iremos continuar a lutar nas ruas e nos tribunais, pois esta é uma causa ambiental”, apontou o ativista.

A deputada bloquista Sandra Cunha, que apresentaria depois o projeto de resolução do Bloco sobre este tema, esteve com Catarina Martins em frente à Assembleia, ao lado dos manifestantes em defesa da suspensão imediata das dragagens. E sublinhou que para além dos “riscos enormes para a biodiversidade” que trazem ao estuário do Sado, é um erro insistir em projetos deste tipo numa altura de emergência climática, em que o que é preciso “diminuir as emissões de CO2” e não aumentar o tráfego marítimo.

A deputada do Bloco criticou ainda que os trabalhos das dragagens se tenham iniciado “ao arrepio das providências cautelares que estão em curso e ao arrepio da transparência democrática”, fazendo o paralelo com o que o governo pretende também fazer no caso do aeroporto do Montijo. Dois casos que na opinião de Sandra Cunha só demonstram que “o discurso ambiental do Governo salta pela janela assim que entram pela porta os lucros das multinacionais”.

 

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