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Privatização da EGF faz parte da estratégia de “liquidação total” do país

O Governo deu luz verde à privatização da Empresa Geral do Fomento, que faz a gestão de resíduos do grupo Águas de Portugal. Mariana Mortágua defende que a EGF é um “ativo estratégico” para o país.
Com a privatização da EGF, mais de metade do setor de resíduos passa para as mãos de privados. Foto Valorsul.

O Conselho de Ministros aprovou o lançamento do processo de privatizaão, ainda sem modelo definido. No fim da reunião, o ministro Marques Guedes disse apenas que o Governo quer vender 100% da participação do Estado em bloco e por concurso público. Segundo o Jornal de Negócios, a Mota Engil é uma das empresas interessadas na EGF, a par das brasileiras Solvi e Odebrecht ou a chinesa Beijing Enterprises Water Group, entre outras.

A EGF emprega cerca de dois mil trabalhadores nas suas onze empresas subsidiárias que cobrem 174 municípios. As autarquias têm uma fatia minoritária das empresas e o grupo privado que comprar a EGF passará a deter mais de metade do setor de resíduos em Portugal. O grupo apresentou um lucro de 15 milhões de euros em 2012.

Para a deputada bloquista Mariana Mortágua, a EGF é uma "empresa crucial" para a "qualidade de vida dos portugueses" e a sua privatização representa uma ameaça de transferir para privados o grupo Águas de Portugal.

"O Governo pôs uma tabuleta à porta do país e essa tabuleta diz ‘liquidação total'. Tem sido essa estratégia do Governo e este é mais um passo nesta estratégia", acrescentou  Mariana Mortágua, citada pela Agência Lusa.

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