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'Prenda' de 404 milhões de euros a empresário senta diretora-geral do FMI no banco dos réus

Christine Lagarde, enquanto ministra da Economia de Sarkozy, decidiu que um banco público francês devia compensar o empresário Bernard Tapie em 404 milhões de euros. FMI mantém “confiança” na atual arguida para continuar a chefiar a instituição.
Pedro Passos Coelho, atual líder do PSD, e Christine Lagarde, diretora-geral do FMI e ex-ministra da Economia de França. Foto de European Council/Flickr.

Um tribunal francês decidiu que a diretora-geral do FMI será julgada pelo seu papel no caso que envolveu o Crédit Lyonnais e o empresário Bernard Tapie, quando era ministra da Economia de Nicolas Sarkozy em França.

Em dezembro, um outro tribunal francês já tinha decidido que Christine Lagarde deveria responder na justiça, mas a diretora-geral do FMI recorreu e agora o tribunal de recurso validou a anterior decisão judicial.

A Justiça quer saber se houve negligência numa arbitragem, em 2008, no qual a atual diretora do Fundo Monetário Internacional decidiu a favor de Bernard Tapie.

Esta foi uma disputa que envolvia também o banco público Crédit Lyonnais, acabando por ser atribuída ao empresário uma compensação de 404 milhões de euros.

A antiga ministra será julgada pelo Tribunal de Justiça da República, a instância habilitada a julgar os delitos cometidos por membros do Governo no exercício das suas funções.

O FMI já afirmou que mantém a “confiança” em Lagarde, depois de ter sido anunciada a decisão do tribunal francês.

O Conselho de Administração do FMI, que representa os 189 Estados-membros, “continua a manifestar a sua confiança na capacidade da diretora-geral de desempenhar eficazmente as suas funções”, declarou o porta-voz da instituição, Gerry Rice, em comunicado.

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