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Portugal tem um problema grave de desemprego de longa duração

Numa visita à Escola Profissional do Montijo, Catarina Martins propõe aposta na “formação profissional financiada” e defende que “quem foi prejudicado pela austeridade não pode ficar para trás”. Lembra também que “o compromisso do Governo para pôr fim ao corte de 10% no subsídio de desemprego é para 2018”.
Catarina Martins destacou o facto de existir hoje, em Portugal, "um grave problema de desemprego de longa duração que tem de ser abordado e precisa de ter resposta". Foto de Paulete Matos.
Catarina Martins destacou o facto de existir hoje, em Portugal, "um grave problema de desemprego de longa duração que tem de ser abordado e precisa de ter resposta". Foto de Paulete Matos.

O Bloco de Esquerda realizou, esta manhã, uma visita à Escola Profissional do Montijo, no distrito de Setúbal. Em declarações aos jornalistas, Catarina Martins destacou o facto de existir hoje, em Portugal, "um grave problema de desemprego de longa duração que tem de ser abordado e precisa de ter resposta".

"Muitas destas pessoas não têm formação para o emprego que está a ser criado hoje em Portugal. Nós precisamos de abordar o problema da formação de adultos e da reconversão profissional do desemprego de longa duração de uma forma muito séria", defendeu a Coordenadora do Bloco.

Neste sentido, o Bloco propõe uma “formação profissional financiada e que 'qualifique', que esteja relacionada com as competências que as pessoas têm e que as direcionem para novas competências, onde haja mercado de trabalho a crescer”, explicou Catarina, vincando ainda que “quem foi prejudicado pelos tempos da austeridade não pode ficar para trás”.

"Eu lembro que o Governo PSD-CDS acabou, completamente, com a formação para adultos e não apareceu ainda um novo modelo que possa responder pelas necessidades do país", referiu ainda, sublinhando a atual falta de respostas para este problema.

Compromisso do Governo para pôr fim ao corte de 10% no subsídio de desemprego é para 2018

Além disto, Catarina Martins também recordou que Bloco já apresentou uma proposta para acabar com o corte de 10 por cento em todos os subsídios de desemprego e que o Governo ainda só alterou os apoios cujos montantes ficavam, depois do corte, abaixo do Indexantes de Apoio Social (IAS), respondendo à recomendação do Provedor de Justiça.

"Na altura, o compromisso do Governo foi que acabava ainda este ano com o corte para as pessoas que se enquadravam na recomendação do Provedor de Justiça e acabava para todos os subsídios de desemprego no próximo Orçamento do Estado”. Esse é um compromisso assumido, vincou a Coordenadora do Bloco, acrescentando que “é um compromisso sobre o qual temos toda a confiança de que estará plasmado no Orçamento do Estado para 2018".

Para o Bloco, "o subsídio de desemprego, como é uma prestação contributiva para a qual as pessoas descontaram, não tem de ter corte nenhum, independentemente do montante", explicou Catarina Martins.

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