Nem o Podemos tem alguma coisa a ver com Donald Trump nem o populismo pode ser entendido como “uma ideologia”, mas como um “momento excecional”. O secretário-geral do Podemos, Pablo Iglesias, defendeu esta terça-feira que o presidente eleito dos Estados Unidos da América (EUA) pode ser apelidado de “fascista”.
“Podemos apelidar Trump de fascista”. Um “fascista viável” apoiado por alguns “fascistas inviáveis” que aproveitou um “momento excecional” para chegar ao poder.
“O que define fundamentalmente o momento excecional tem que ver com o combate político por um sujeito, um povo”. “Fazer política é trabalhar pela definição do que significa povo”, defendeu o líder desta formação partidária espanhola no debate “De Trump a Le Pen, organizado pelo jornal online Eldiario.es em Madrid.
Iglesias sublinhou ainda que o fenómeno histórico do fascismo não deve somente ser enquadrado nas ditaduras de Adolf Hitler na Alemanha e de Benito Mussolini em Itália mas, também, por exemplo, na ditadura de Francisco Franco em Espanha.
Para o dirigente partidário espanhol é necessário criar “uma esquerda que se faça povo”. “O desafio é sermos transversais sem deixarmos de ser radicais”, sublinhou.